quarta-feira, 5 de março de 2014

“A Máquina Infernal” estreia no Guairinha

O mito de Édipo, sob a releitura do dramaturgo, poeta e cineasta Jean Cocteau (1889-1963) no texto “A Máquina Infernal” (1934) serviu de inspiração para o espetáculo homônimo, da Gran Companhia D’Arte Dramática, que estreia nesta quinta-feira (6), no Guairinha.
A ideia de montar um espetáculo no Brasil que trouxesse o enredo de “A Máquina Infernal”, de Jean Cocteau, partiu do diretor italiano Roberto Innocente - que há cerca de 15 anos atrás já dirigiu um espetáculo com o mesmo texto na Itália - e de João Graf, que ao lado de Roberto montou o projeto para que fosse viabilizado em terras curitibanas.
Quando li pela primeira vez “A Máquina Infernal”, era ainda estudante da “Accademia Veneta dello Spettacolo” de Padova e Veneza, dirigida pelo mestre Costantino de Luca. O tema mítico sempre foi intrigante para qualquer artista. Mas o que pegou a minha atenção foi a ideia de “Maquina Infernal”, ou seja de um mecanismo poderoso e malvado”, conta o diretor Roberto Innocente.
Com adaptação, cenário e direção de Roberto, produção de Thadeu Peronne, incentivo do Banco do Brasil através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Curitiba e apoio do Teatro Guaíra, a montagem conta a história de Édipo, personagem bem conhecido da mitologia grega, que mata o pai e casa-se com a própria mãe, mas trazendo a perspectiva de um jovem, com seu olhar egoísta, diante de uma máquina infernal que é o mundo.
A peça diz para o jovem: ‘esse aqui é você’, de uma forma contemporânea e que abrange todos os públicos. O Édipo não é um mortal que mereça muita compaixão. Arrogante, presunçoso e tão ingênuo frente o seu destino. Esta visão acaba sendo de uma contemporaneidade surpreendente”, conta Roberto.
O elenco conta com a participação especial de Rosana Stavis, além dos atores Gerson Delliano, João Graf, Joseane Berenda, Ludmila Nascarella e Marvhem HD. O figurino, de Paulinho Maia, e a sonoplastia, de Cesar Sarti, trazem elementos da Grécia antiga, mas com foco na contemporaneidade. A companhia conta ainda com uma assessoria de referências gregas, dada por Aimilia Koulogeorgiou.

A temporada de “A Máquina Infernal” vai até dia 22 de março, de quarta a sexta-feira, às 20h; sábados, às 16h30 e 20h e domingos, às 18h. Os ingressos custam R$ 15,00 e R$ 7,50 (meia) + R$ 6,00 (taxa administrativa). O espetáculo é indicado para maiores de 12 anos. Mais informações: 3315-0808 ou www.diskingressos.com.br

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