Dentro da programação de 30 anos da
Orquestra Sinfônica do Paraná, o maestro Cláudio Cruz rege no próximo domingo
(29) o Ciclo Sinfônico Minha Pátria (Má Vlast), do compositor tcheco Bedrich
Smetana. Indicado para maiores de 7 anos, o concerto será às 10h30, no
auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão) e os ingressos custam R$ 20,00
e R$ 10,00 (meia).
O ciclo sinfônico é a obra mais famosa
de Smetana e é composto por seis poemas: Vyserad, O Moldava (Vltava), Sarka,
Pelos Prados e Bosques da Boêmia, Tabor e Blanik.
As obras foram compostas entre 1874 e
1879, quando o Smetana já estava surdo (em decorrência da sífilis) e são
consideradas hinos de louvor à República Tcheca.
ESTRUTURA - A composição Vysehrad é de
1874 e estreou em 14 de janeiro de 1875, em Praga, sob a regência de Ludwig
Slansky. Vysehrad (A Fortaleza Alta) é uma cidadela, no alto da colina que domina
o rio Moldava, na região central da capital.
No Palácio Zofin, em Praga, aconteceram
estreias de três dos poemas sinfônicos. Moldava (Vltava), escrito em 1875,
estreou no ano seguinte. Smetana deu ao rio tcheco (afluente do Elba)
importância nacional comparável à do Reno, para os alemães, ou a do Danúbio,
para os austro-húngaros.
Sarka é de 1875, com a primeira
apresentação em 17 de maio de 1877. Conta a história de uma jovem mulher,
espécie de amazona tcheca que, em consequência de uma decepção amorosa, dedica
ódio feroz aos homens.
Pelos Prados e Bosques da Boêmia também
foi escrita em 1875 e estreou em 10 de dezembro de 1876. Assim como Moldava, é
o hino do compositor à natureza do País.
As duas últimas peças do ciclo foram
compostas em 1878-1879 e estrearam juntas em 4 de janeiro de 1880. Tabor
refere-se ao local de um acampamento de hussitas (movimento reformador e
revolucionário que surgiu na Boêmia, no século 15).
Blanik estreou no mesmo concerto que
Tabor e forma um díptico com ele, usando o mesmo tema do coral hussita. Esta
última parte do ciclo foi inspirada numa lenda tcheca sobre a montanha de
Blanik.
REGENTE - Claudio Cruz regeu e solou no
último concerto com a Sinfônica do Paraná, no dia 22, e regularmente se
apresenta com o grupo. Ele é regente e diretor musical da Orquestra Jovem do
Estado de São Paulo e diretor artístico da Oficina de Música de Curitiba
(música erudita).
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