Entre quarta-feira e domingo, 18 e 22
de novembro, o II Festival Sul Americano dos Sagrados Saberes Femininos
acontece na chácara Tempero da Serra, em Curitiba, e já conta com inscrições de
vários lugares do mundo. Serão 5 dias de imersão na natureza repletos de
atividades, com rodas de saberes, cerimônias, yoga, danças, oficinas e
apresentações artísticas. No evento, homens e mulheres estarão em busca dos
saberes ancestrais femininos e serão guiados por convidados de toda a América
Latina, dentre eles abuelas (anciãs), temazcaleiras, artistas, terapeutas,
parteiras, curandeiras e lideranças indígenas.
Os saberes ancestrais, demonstrados
através das culturas milenares, sempre reverenciaram o feminino como parte do
equilíbrio da Terra. É o Yin-Yang, a dualidade que se complementa, presente em
todos os seres. Nas mulheres, o polo feminino se evidencia através dos ciclos
menstruais, do útero, da gestação e do hormônio ocitocina, conhecido como
“hormônio do amor”, produzido em maior parte durante o parto, amamentação, e
quando mulheres estão reunidas entre mulheres. Esses valores são inerentes à
mulher, guardados e passados às próximas gerações por anciãs como um tesouro.
Segundo as organizadoras do Festival,
Anna Sazanoff e Noélle Bonacin, encontros em que as mulheres se reúnem ao redor
do fogo e cultivam esses saberes são comuns em toda a América Latina. É o caso
dos convidados que estarão presentes no Festival, como a Abuela María Huenuñir,
facilitadora de círculos de cura no Peru, do Maory Atumchury, guardião da
Memória da Tribo da Lua da Colômbia, e de Iliana Coyoxausqui, que vem do México
e é líder do Tambor da Dança da Paz do Fogo Sagrado de Itzachilatlan. Também do
Brasil, Gisele de Menezes transmite a Magia da Cleópatra, Celita Djaxuka
representa a etnia Guarani e Suely Carvalho é coordenadora da Rede Nacional de
Parteiras Tradicionais do Brasil e vem de Pernambuco.
O Brasil não tem a tradição das abuelas
tão alicerçada e, segundo Anna, precisa se espelhar em seus vizinhos para
manter suas raízes de sabedoria. “Em nosso país, apesar de termos tantas
sabedorias tradicionais por conta dos indígenas, parteiras, curandeiras,
benzedeiras..., não temos acesso a elas e nem são difundidas ao grande
público”, comenta. Segundo ela, com a procura por métodos de cura não
convencionais e autoconhecimento, é importante que o Brasil resgate os saberes
ancestrais de nossa cultura, pois até a ciência tem comprovado sua eficácia.
Ainda restam vagas para inscrição no
Festival, que pode ser realizada pelo site http://saberesfemininos.wix.com/site.
Para mais informações e atualizações, siga também a página do evento no
Facebook: Festival Sul Americano dos Sagrados Saberes Femininos. Ou com Noélle
Bonacin (organizadora do Festival), pelo fones 9716-0741 ou 8409-4905.
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