"Clarice e eu. O mundo não é
chato" é uma adaptação para o teatro de textos de Clarice Lispector, feita
por Rita Elmôr. Textos autorais da atriz também são inseridos ao longo da peça.
Inicialmente, a atriz conta como iniciou a carreira interpretando Clarice
Lispector em um monólogo, e como as suas fotos têm sido, até os dias de hoje,
constantemente confundidas com as fotos da escritora, chegando mesmo a estampar
capas de revistas especializadas em literatura. O espetáculo será apresentado
em Curitiba nos dias 7 e 8 de novembro no Teatro Bom Jesus e os ingressos já
estão disponíveis no site www.diskingressos.com.br.
De forma quase imperceptível, o texto
da atriz funde-se aos textos da escritora, e o fato inusitado da imagem de uma
ser confundida com a imagem da outra se reproduz no plano linguístico. A
adaptação priorizou os textos em que Clarice revela, com seu humor inteligente,
maneiras mais criativas de levar a vida. Em nenhum momento a vemos falar sobre
literatura ou sobre suas angústias existenciais. O recorte escolhido foi o do
comportamento humano diante de situações constrangedoras e engraçadas.
É uma peça leve, que afirma a vida e
causa boas reflexões. A intenção desse espetáculo, além de ressaltar a faceta
mais engraçada de Clarice Lispector, ainda pouco explorada, é a de transmitir
alegria de viver com as pequenas coisas.
Sobre o processo - Em 1998 a atriz Rita
Elmôr fez um monólogo com textos de Clarice Lispector intitulado "Que
Mistérios Têm Clarice,” que privilegiou o processo de criação da
escritora. Nesse espetáculo, que foi a
primeira peça profissional de sua carreira, ela foi indicada para o prêmio
Shell.
Dezessete anos depois surgiu a ideia de
remontar o espetáculo, e com essa reaproximação aos textos de Clarice
Lispector, ficou claro que um outro recorte da obra da autora se tornara o
caminho.
A ideia agora foi utilizar como base da
encenação o livro de crônicas "A Descoberta do Mundo”. As crônicas,
originalmente publicadas aos sábados no Jornal do Brasil, tratava de assuntos
diversos. Ela discutia acontecimentos de uma época de grande efervescência
cultural (1969 a 1973) e filosofava sobre a existência, mas também escrevia
sobre temas prosaicos que observava em seu cotidiano. O relato da atriz sobre a
sua experiência na primeira montagem serve como ponto de partida para uma nova
tradução de Clarice.
Na peça “Que Mistérios têm Clarice”, a
caracterização física da intérprete e a biografia da escritora eram pontos
marcantes. Agora o caminho é outro, o tema da nova montagem é o amor, a
afirmação da vida. A atriz e a autora se misturam em suas experiências,
deixando o espectador atento para captar o olhar generoso e agudo de Clarice.
Indicadas para maiores de 12 anos, as encenações
da peça "Clarice e Eu. O Mundo Não é Chato" têm ingressos custando R$
80,00 e R$ 40,00 (meia), + R$ 6,00 de taxa administrativa. Mais informações: 3273-1200
e 9611-5622 ou www.diskingressos.com.br.
Ficha técnica
Texto: Clarice Lispector
Adaptação: Rita Elmôr
Elenco: Rita Elmôr
Direção: Rubens Camelo
Produção: Oxigene Cultural
Figurino: Mel Akerman
Cenário e Iluminação: Paulo Denizot
Assessoria de imprensa: Diogo Cavazotti
Comunicação
Realização: Oxigene Cultural.
Parceiros: Doc Brazil, Claure
Comunicação, Aladdin.
Apoiadores: Piola, Hotel Centro
Europeu, Mezanino das Artes, Lugana Tratoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário