As pessoas que caminham pelas
imediações da Praça Generoso Marques, no Centro de Curitiba, ganharam um novo
espaço de descanso e convívio que podem usar, por exemplo, no intervalo do trabalho
ou antes de seguir para outra atividade.
Uma Vaga Viva – área para o lazer e a
convivência de pedestres – foi instalada em uma vaga do EstaR da Rua Riachuelo,
quase em frente ao Paço da Liberdade. O projeto foi pensado e desenvolvido por
professores e estudantes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR),
que desenharam e construíram a estrutura, também conhecida como “parklet”, em
madeira plástica. A iniciativa conta com o apoio da Secretaria Municipal de
Trânsito (Setran) – que definiu o espaço da via a ser ocupado pela Vaga Viva.
“Mais que a estrutura física, a Vaga
Viva é importante pelo conceito que representa. É um espaço que aumenta o senso
de pertencimento e de compartilhamento do ambiente urbano. Que este seja um
exemplo inspirador e que incentive novas parcerias como a estabelecida com a
UTFPR”, disse o prefeito Gustavo Fruet.
A Vaga Viva da Rua Riachuelo é a
segunda a ser mantida na cidade. Em setembro, a Avenida Cândido de Abreu, no
Centro Cívico, recebeu um parklet com bancos e bicicletário, instalado próximo
ao cruzamento com a Rua Heitor Stockler de França e desenvolvido pelo movimento
CicloIguaçu e pela Bike Fácil.
De acordo com o assessor da Coordenação
de Mobilidade Urbana, Jorge Brand, o Goura, as vagas vivas estão surgindo em
cidades de diversos países, onde têm se mostrado um espaço interessante para
estimular o convívio urbano. “Por enquanto, Curitiba tem a instalação
temporária desses espaços, mas a Prefeitura trabalha na regulamentação para
possibilitar sua implementação permanente em toda a cidade”, explica.
Projeto acadêmico - A professora do
Departamento Acadêmico de Desenho Industrial da UTFPR Jusmeri Medeiros,
coordenadora do projeto de criação da vaga viva, diz que a iniciativa pretende
incentivar entre os alunos a ocupação do espaço urbano com mais espaços de
contemplação e lazer. “O conceito que adotamos no desenho dos bancos foi o de
escadarias, áreas que geralmente convidam as pessoas a sentar-se para um
descanso”.
Antônio Romão, 72 anos, que mora no Ahú
e vai quase todos os dias ao Centro da cidade, aprovou a ideia. “Achei
sensacional. Agora, por exemplo, acabei de comprar um jornal e poderia sentar
aí para ler, olhar o movimento. Para aposentados como eu, que já levamos a vida
sem pressa, é importante”, brincou.
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