quinta-feira, 4 de março de 2010

Música brasileira perde Johnny Alf

O cantor, compositor e pianista carioca Johnny Alf morreu na tarde desta quinta, 4, no hospital Mário Covas em Santo André, na grande São Paulo, segundo informou seu assessor Nelson Valença. Johnny Alf vinha sofrendo com um câncer de próstata há mais de três anos e seu estado de saúde agravou-se desde segunda-feira. O enterro será nesta sexta, no cemitério do Morumbi, na cidade que adotou a partir da metade dos anos 1950. Seu último show foi em agosto de 2009, no Teatro do Sesi, em São Paulo, ao lado da cantora Alaíde Costa, sua grande amiga.

Johnny Alf, nasceu Alfredo José da Silva, na Vila Isabel de Noel Rosa (1910-1937), no Rio de Janeiro, no dia 19 de maio de 1929. Teve sua iniciação musical a partir da infãncia, aprendendo piano clássico, mas o que mais teve impacto sobre sua criação artística foram os filmes musicais americanos que tinham trilhas sonoras assinadas por gente do porte de George Gershwin e Cole Porter.

Além do cinema musical, havia o jazz - e especialmente o trio do também pianista e cantor Nat King Cole o inspirou. Na música brasileira, os cantores Silvio Caldas, Orlando Silva e Dircinha Batista estavam entre seus prediletos. Ele também tocava Dorival Caymmi e sucessos do repertório de cantores requintados da época, como Lúcio Alves e Dick Farney. Dessa mistura de influências, surgiu o embrião da bossa nova que ele desbravou.

Morando em São Paulo desde 1954, Alf só lançou o primeiro LP, Rapaz de Bem, em 1961. Daí veio a consagração de outros de seus clássicos, Ilusão à Toa e O Que É Amar, que se tornariam obrigatórios em todos os seus shows. Além destas, outra que se destacou ao longo da carreira foi o bem-humorado choro Seu Chopin, Desculpe (do álbum Diagonal, de 1964), mas nenhuma repetiu o êxito de Eu e a Brisa, de 1967.

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