Após a formação de listas de espera em
praticamente todas as noites de apresentação do espetáculo “Nuon”, a Trupe de
Teatro Ave Lola decidiu estender por mais trinta dias sua temporada em
Curitiba, inicialmente prevista para acabar no dia 1º de maio. A peça já havia
sido sucesso de crítica e bilheteria no Festival de Teatro de Curitiba 2016 e,
em seguida, entrou em cartaz no dia 7 de março. As apresentações acontecem
quintas e sextas-feiras, às 20h, e sábados e domingos, às 19h, no Ave Lola
Espaço de Criação (Rua Portugal, 339 - São Francisco).
O valor do ingresso fica a critério do
espectador, de acordo com a política "Pague Quanto Vale". Reservas
podem ser feitas pelo e-mail producaoavelola@gmail.com, mas é preciso chegar 30
minutos antes do espetáculo para confirmar o lugar. Outro destaque da Ave Lola
é a gastronomia, sempre presente nas atividades do grupo. Um delicioso prato
cambojano é servido na cozinha do espaço, antes e depois das apresentações,
incluindo uma versão vegana.
O espetáculo - O espetáculo “Nuon” traz
ao palco a temática dos refugiados de guerra, tendo como pano de fundo o
assassinato em massa promovido pelo regime do Khmer Vermelho no Camboja,
durante a década de 70. A história, inspirada em fatos vividos há cerca de 40
anos, se mantém atual diante dos conflitos e dificuldades que hoje assolam
outros países, como Síria, Afeganistão e Sudão.
"Consideramos essencial trazer
esse tema para os palcos, a qualquer tempo. Afinal, a história do mundo está
marcada por grandes guerras, genocídios e migrações motivadas por tudo isso, a exemplo
do que temos visto acontecer com os refugiados sírios. O teatro tem a
capacidade de trazer essa reflexão de forma única, com poesia e delicadeza, mas
sem minimizar a relevância histórica dos fatos", conta a diretora da Ave
Lola, Ana Rosa Tezza, também autora e diretora do espetáculo.
“Nuon” acontece em uma única noite,
durante uma celebração em que no mundo budista os ancestrais são homenageados.
A história mostra personagens que viveram sob o regime cruel do Khmer Vermelho,
e que voltam para revisitar sua terra e suas memórias. Em especial, a peça gira
em torno da personagem inspirada em Phaly Nuon, cambojana que se dedicou a
salvar outras mulheres dos traumas físicos e emocionais gerados pela tortura,
fome e outras mazelas dos campos de trabalhos forçados.
Khmer Vermelho - O regime
aconteceu entre 1975 e 1979 e suas práticas são reconhecidas internacionalmente
como assassinato em massa. Cerca de 2 milhões de pessoas - 25% da população do
Camboja na época - foram executadas. Os principais líderes do regime foram Pol
Pot, Nuon Chea, Ieng Sary, Son Sen e Khieu Samphan. Além de mortes, o Khmer
Vermelho foi responsável por horrores praticados em campos de trabalhos
forçados, como tortura, separação de famílias e muita fome.
FICHA TÉCNICA DO ESPETÁCULO
Gênero: Drama
Direção, dramaturgia e texto: Ana Rosa
Tezza
Direção de produção: Ailén Roberto
Elenco: Evandro Santiago, Helena Tezza,
Janine de Campos, Marcelo Rodrigues e Regina Bastos
Música: Mateus Ferrari
Músicos: Mateus Ferrari e Breno Monte
Serrat
Plástica do personagem e máscaras:
Maria Adélia
Iluminação: Beto Bruel e Rodrigo
Ziolkowski
Figurino: Eduardo Giacomini
Cenário: Fernando Marés
Assistente de produção: Dara van
Waalwijk van Doorn e Jamilsa Melo
Parceiro de trajetória: Mozart Machado
Cozinha Ave Lola: Laura Tezza
Criação do espetáculo: Ave Lola Trupe
de Teatro
Realização: Ave Lola e as Meninas
Produções Artísticas
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