terça-feira, 19 de junho de 2012

Acervo do artista João Turin será digitalizado e ganhará novas peças

O acervo do artista paranaense João Turin, um dos maiores nomes da escultura brasileira, vai ganhar novas obras a partir do próximo ano. As peças, pertencentes à família Lago, serão fundidas em bronze a partir de matrizes originais feitas em gesso pelo autor. Além disso, o acervo documental, pertencente ao Estado, está em processo de digitalização, num projeto piloto para a modernização da gestão museológica de acervos no Paraná.
As esculturas de João Turin já foram levadas para um espaço especialmente construído pela família Lago, que adquiriu o acervo em 2011 de Jiomar José Turin, sobrinho do artista e herdeiro universal das obras. O levantamento do acervo, a retirada e o transporte das peças foram acompanhados pela equipe da Secretaria de Estado da Cultura.
Ao mesmo tempo, o acervo documental, composto de mais de 2,5 mil itens – entre esboços, cartas, bloco de notas e livros – está passando por um processo de digitalização, conservação preventiva e acondicionamento, ações que devem ser concluídas no final de julho. Depois isso, será levado para o Museu Oscar Niemeyer (MON) para integrar o Centro de Documentação e Pesquisa. A intenção é que sejam intensificados os trabalhos de pesquisa e investigação feitas pelo centro e que ele seja efetivamente um ponto de referência das artes visuais do Estado, juntamente com o Museu de Arte Contemporânea do Paraná.
De acordo com a coordenadora do Sistema Estadual de Museus da Secretaria da Cultura, Christine Baptista, a coleção João Turin será o piloto no que diz respeito à gestão museológica de acervos, prevista no programa Museus Paraná, lançado este ano pela Secretaria da Cultura. “A coleção João Turin será o primeiro acervo do Estado a ser tratado dentro das normas museológicas e de conservação. Em novembro deste ano este acervo deverá estar disponível em plataforma web para acesso e pesquisa”, explica.
Segundo a coordenadora, o público terá acesso a todo o conteúdo dos documentos, enquanto os originais ficarão preservados. “Muitos documentos são fonte de pesquisa ainda não explorada e que, sem dúvida, são fundamentais para o conhecimento do processo criativo do artista”, diz Christine Baptista. “Em seus esboços podemos destacar as temáticas Estrada de Ferro, Índios e Paranismo, que apresenta estudos de luminárias e fontes públicas, capitéis, bancos para praças e ornamentos arquitetônicos, documentos que poderão ser consultados na nova plataforma”.

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