O Balé Teatro Guaíra (BTG) e a
Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) apresentam montagem moderna de “Cinderela”,
de 10 a 13 de dezembro, no auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão), em
Curitiba.
A versão de “Cinderela” criada para o
Balé Teatro Guaíra é ambientada nos anos 50 e 60, com saias rodadas, lambretas
e a televisão, novidade na época. A coreografia é do espanhol Gustavo Ramirez
Sansano, cenografia de Luiz Crespo, também espanhol, e figurinos do brasileiro
Gelson Amaral, vencedor do Prêmio Shell. A regência da OSP será do maestro
convidado Marcos Arakaki.
O texto original de “Cinderela” é dos
Irmãos Grimm. Sob a visão de Sansano, “Cinderela” reúne composições de
Gioachino Rossini, Johann Strauss II e Serguei Prokofiev, além de canções dos
anos 50/60 (música mecânica). A história acontece em um salão de beleza, no
quarto de Cinderela e no salão de baile, onde a protagonista encontra o
príncipe encantado, um milionário dos tempos modernos. Esta montagem estreou no
ano passado e em 2015 encerra as atividades do BTG e da OSP.
O Balé Teatro Guaíra foi criado em 1969
sob direção de Ceme Jambay e Yara de Cunto. É um dos grupos de dança mais
importantes do Brasil. Nestes 46 anos formou um repertório que contabiliza 130
coreografias assinadas por artistas como Carlos Trincheiras, Maurice Bèjart,
Milko Sparemblek, Tatiana Leskowa, John Butler, Rodrigo Pederneiras, Olga
Roriz, Henrique Rodovalho.
Desde 2012 o BTG está sob a coordenação
de Cintia Napoli, que instituiu uma fase de criação, valorizando o trabalho
coletivo e individual de cada bailarino. A aproximação dos bailarinos com o
público, como forma de desmistificar a dança, foi um dos principais focos e
para tanto foram criados vários projetos como Projeto 30 minutos, Projeto
Perfume, Dança - Experiência Urbana, Projeto Diálogos e Sexta Pública.
ESPANHOIS - Nova York, Chicago, Canadá,
Holanda, Espanha. A trajetória do coreógrafo Gustavo Ramírez Sansano começou
aos 23 anos, quando ele optou pela carreira de coreógrafo e não mais de
bailarino.
Formado em balé clássico na Espanha,
onde nasceu, Sansano ganhou notoriedade ao se transformar no diretor da
companhia de dança contemporânea Luna Negra, de Chicago (EUA), em 2009.
O Luna Negra Dance Theater foi criado
há 15 anos pelo cubano Eduardo Vilaró, nascido em Havana e criado no Bronx, em
Nova York. Dedicado a levar coreógrafos latino-americanos para o público
norte-americano, o Luna Negra deu especial atenção aos artistas brasileiros.
“São os melhores coreógrafos da América do Sul”, diz Sansano.
A montagem de Cinderela tem um por quê.
“É o meu conto favorito e adoro a estética dos anos 60”, diz Sansano, que já
tinha o projeto em mente quando foi convidado pelo Centro Cultural Teatro
Guaíra.
Luis Crespo iniciou os estudos
superiores de arte aos 18 anos na Faculdade de Belas Artes da Universidade
Politécnica, em Valência (Espanha). Em 2002, ele foi para a Escola Superior de
Artes Decorativas, em Estrasburgo, na França, participando de um programa de
intercâmbio estudantil europeu. Lá ele teve como professores Jean Cristophe
Lanquetin e Francisco Ruiz de Infante.
De volta à Espanha, em 2005, ele
conheceu Sansano. Juntos fizeram a primeira peça, Retrato de Oscar Wilde, e
iniciaram uma parceria que continau até hoje. Em 2010, Crespo foi premiado com
o Prêmio da Comunidade Valenciana de Artes Cênicas na categoria de Melhor
Cenografia. Ele é criador de cerca de 50 cenários e projetos de luz para
espetáculos.
REGENTE - Marcos Arakaki é regente
associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2011. É graduado em
Música pela Universidade Estadual Paulista, na classe de violino do professor
Ayrton Pinto, e mestre em Regência Orquestral pela University of Massachusetts.
A trajetória artística é marcada por
prêmios como 1º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes,
promovido pela Orquestra Petrobrás Sinfônica, em 2001, e o Prêmio Camargo
Guarnieri, concedido pelo Festival Internacional de Campos do Jordão, em 2009,
ambos como primeiro colocado. Foi também semifinalista no 3º Concurso
Internacional Eduardo Mata realizado na Cidade do México em 2007.
Arakaki contribuiu nos últimos 10 anos
para a formação de novas plateias e para a difusão da música de concerto em
cerca de 70 cidades brasileiras, com turnês e concertos em praças, parques e
concertos didáticos.
O espetáculo tem o apoio da Lei de
Incentivo à Cultura, patrocínio O Boticário. A realização é do Centro Cultural
Teatro Guaíra, Governo do Paraná e Ministério da Cultura
Livres para todas as idades, as
apresentações de “Cinderela” acontecem dias 10, 11 e 12, às 20h30, e dia 13, às
18h e os ingressos custam R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia).
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