Após apresentações no Centro Cultural
Sesi Heitor Stockler de França e Teatro Sesi Portão, o Coral Contemporâneo Sesi
2015 faz nesta terça-feira (8), às 20h, a última apresentação de estreia do seu
recital inédito intitulado “Mínimo”. O recital, composto por pequenas peças
corais, tem entrada franca.
Sob a regência de Indioney Rodrigues, o
recital conta com peças de curta duração, com caráter minimalista e temática
reiterativa. “É um programa que explora a ideia de repetição, de melodias, de
formas, de contextos e texturas; tem um certo olhar para o minimalismo, mas não
totalmente”, explica o regente.
O Coral tem a proposta de apoio à
exploração de processos criativos corais e de canto coletivo pouco
convencionais. A vivência desses processos, iniciada em 2014, é marcada
especialmente pela pesquisa da livre improvisação, da improvisação dirigida, de
ruidísmo, de formas abertas, de espacialização, cênica e de eletroacústica. Os
cantores participantes do projeto participam ativamente na criação e proposição
de conteúdos e na exploração de maneiras expressivas e particulares de cantar.
Uma iniciativa do Sesi-PR, o Coral
Contemporâneo Sesi integra o Projeto Coral do Trabalhador e da Comunidade III
Edição, por meio lei Rouanet, com patrocínio da Klabin.
Programa Recital Mínimo - O programa
inicia com a peça “Cântico do Pará”, de temática indígena, uma leitura livre de
um canto guerreiro ambientado por Villa-Lobos. A seguir o grupo apresenta “A
Lua”, miniatura coral composta por Maurício Dottori sobre poesia de Lúcia
Aizim. O programa prossegue com” Três Cantos de Çairé” (distribuídos ao longo
do recital) e “Prelúdio”, também de autoria de H. Villa-Lobos. “Vértices” é uma
peça composta coletivamente e especialmente para este recital e que explora
conceitos simples de improvisação dirigida. A peça parte de partituras gestuais
e de ocupação do espaço cênico criadas individualmente pelos cantores, as quais
são livremente interpretadas em contexto polifônico. A peça “Três Cantos Kraó”,
de Marcos Leite, retorna a temática indígena e é seguida por um arranjo simples
a duas vozes da canção “Cajuína”, de Caetano Veloso. O grupo retorna à livre
improvisação e exploração cênica com a peça “Rádios”, criada a partir da peça “Speech
1955”, de John Cage. Segue a peça “Hai-Kai”, que explora a recitação
minimalista de seis Hai-Kais criados pelos cantores especialmente para este
recital. O programa segue com “Fragmentos-Cellos”, uma peça que explora a
sobreposição eletroacústica de 53 fragmentos melódicos baseados na peça “In C”,
de Terry Riley, e finaliza com “Harmonia”, peça homofônica de criação coletiva
sobre um tema qualquer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário