segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Instalações sonoras atraem o público para o Museu Paranaense na Bienal de Curitiba

A mostra “Vozes da América Latina”, exposta no Museu Paranaense durante a Bienal de Curitiba, possui curadoria de Alfons Hug e resgata não apenas um precioso patrimônio linguístico, mas também uma forma de ver e viver o mundo. A mostra fica em exposição até domingo e a entrada é gratuita.
Calcula-se que 85% das línguas que estavam vivas no ano de 1500 já tenham sido extintas e a exposição propõe logo de início uma viagem a culturas e linguagens através de instalações sonoras. “Ao entrar nas salas expositivas, o visitante primeiro ouve um murmúrio inespecífico e polifônico, composto por várias vozes e por um tapete sonoro, que faz lembrar um ambiente sacro; depois se aproxima de cada um dos alto-falantes e ouve distintamente o som de cada língua ameríndia, dentre centenas de idiomas em risco de extinção ou em situação crítica”, explica o curador. Painéis ao longo do museu acompanham as vozes e contam a história de línguas perdidas ou deixadas de lado na América.
O Museu Paranaense recebe as obras de Sonia Falcone e José Laura Yapita, Sandra Monterroso, Rainer Krause, Raul Quintanilla Armijo, Priscilla Monge, Léon David Cobo, María Rincón e Cláudia Rodrigues, José Huamán Turpo, Javier López e Erika Meza, Gustavo Tabares, Fabiano Kueva, Adriana Barreto e Paulo Nazareth.

Sobre o curador - Nascido em Hochdorf, na Alemanha, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Estudou linguística e literatura comparada nas universidades de Freiburg, Berlim, Dublin e Moscou. Foi diretor do Instituto Goethe em Lagos (Nigéria), Medellin (Colômbia), Brasília, Caracas e Moscou. De 1994-98 foi diretor do Departamento de Artes Visuais e Cinema na Haus der Kulturen der Welt (Casa das Culturas do Mundo) em Berlim. Desde 2002 é diretor do Instituto Goethe no Rio de Janeiro. Foi curador geral da Bienal de São Paulo em 2002 e 2004, e curador do pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza em 2003 e 2005. Em 2009 foi curador da « Bienal do Fim do Mundo » em Ushuaia (Argentina). Em 2011 foi curador da 6º Bienal Vento Sul Curitiba.

Sobre a Bienal - A Bienal Internacional de Curitiba completa 22 anos em 2015 e se consolida como um dos eventos mais importantes do circuito mundial. Nesta edição, a Bienal prioriza a arte que vai para as ruas, com ações que não se restringem aos museus, centros culturais e galerias, mas que ganham o espaço urbano. Tem curadoria geral do crítico de arte Teixeira Coelho e acontece na capital paranaense entre os dias 3 de outubro e 6 de dezembro com obras de artistas dos cinco continentes em mais de 100 espaços da cidade. Toda a programação é gratuita, exceto pelas exposições no Museu Oscar Niemeyer que segue as tarifas do museu (R$ 9,00 e R$ 4,50).

Mais informações: www.bienaldecuritiba.org.

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