O Teatro Cleon Jacques, no Parque São
Lourenço, está recebendo a peça LOVLOVLOV. O espetáculo fica em cartaz até 15
de maio com apresentações de quinta a sábado às 20h e domingos às 19h. Os
ingressos custam R$ 10,00 e 5,00 (meia). Realizada com o apoio do Programa de
Apoio e Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de
Curitiba e incentivo do Positivo, Apolar e Soma LOVLOVLOV é uma criação de
Isabel Teixeira, Fernando de Proença, Diego Marchioro, Edith de Camargo, Beto
Bruel, Ná Ozzetti, Paulo Vinícius, Renata Roel, Leonardo Pimentel Daniel e
Cindy Napoli.
Dividida em cinco choques, a produção
partiu de um estudo minucioso da vida e das cartas de amor de Carmen Miranda.
Para além de seu talento nato e sua voz única, Carmen foi exposta em sua época
como produto made in Brazil. Relida e revisitada anos mais tarde pelos
tropicalistas, ainda permanece como espelho e referência de um país que volta a
tatear suas raízes e identidades em meio à escuridão que assola os dias atuais.
À procura de espelhos, o que se nos apresenta são rostos vazios.
Tal estudo centrado em uma figura
emblemática da América Latina, em contraponto com o cotidiano efêmero da sala
de ensaio, o estudo conduziu os artistas a outros rumos. LOVLOVLOV - indicada
para maiores de 18 anos - é uma peça autoral de um coletivo curitibano, na qual
as dramaturgias pessoais afloram.
Sinopse - Num mundo onde a manipulação
se esconde para além do que é visível (onde começam os fios que regem as
marionetes?), uma figura emblemática é exposta numa espécie de cabine/vitrine.
Dois atores dividem um espaço bipartido (o público tem que escolher de que lado
vai ficar, A ou B) e realizam o mesmo texto na boca de um mesmo personagem. No
Museu de Cera dos Carnes (a vitrine), dois atores, Carne 1 e Carne 2 (duas
vozes para uma mesma figura), estão constantemente expostos. Na vitrine do que
é criado para o consumo, os Carnes mergulham numa viagem humana e pessoal:
sofrem por um amor não correspondido e transitam por diversas paisagens e
patologias da paixão. Ainda há o fio do amor na confinação a que nos reduz o
mundo atual, paradoxalmente globalizado? Ainda é possível sentir por conta
própria? Manipulados, esquecidos, explorados, expostos, os Carnes esperam uma
resposta.
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