A cantora Babi Farah apresenta o seu
novo CD, "Quem eu sou não tem retrato", com dois shows nesta quinta e
sexta-feira (14 e 15), às 20h, no Teatro do Paiol. O espetáculo dá algumas
pistas sobre os temas que rodeiam as 11 canções desta primeira incursão solo da
cantora e compositora: as dores e delícias do processo de conhecimento de si
mesmo, do outro e do mundo ao redor, mas também o amor, a brincadeira, a
natureza, os movimentos da vida.
Com produção e mixagem de Fred
Teixeira, que divide com Du Gomide a direção musical, o disco gravado em
outubro de 2015 na chácara Asa Branca durante uma residência artística de seis
dias, conta com a colaboração de um time de feras: Luís Piazzetta nas cordas e
programação, Denis Mariano na bateria, Cassiano Zambonin no baixo, Fernando
Lobo na percussão e Du Gomide nos violões e guitarras.
Deste processo de criação compartilhado
em meio à natureza nasceram os arranjos e sonoridades que misturam uma série de
referências trazidas da bagagem musical de Babi: do blues ao folk, do afrobeat
a canções intimistas. “Foi uma semana de um trabalho forte, intenso, em que a
música foi brotando naturalmente ao lado destes músicos imensamente
talentosos”, conta Babi.
A natureza, aliás, pode ser sentida em
"Canto das Águas" e "Fire’s Lullaby", compostas por Babi
para o contexto das cerimônias nativas das quais participa. “É onde meu canto
vem intenso e natural. Pego meu tambor e a música vem, tem vida própria prá
transmitir sua mensagem”, conta.
As buscas espirituais da cantora também
inspiraram a letra da música que dá nome ao CD, "Quem eu sou não tem
retrato" (2010), composta em parceria com o guitarrista Rogério Sabatella,
com quem realizou um show com o mesmo nome do álbum, apresentado em espaços
culturais de Curitiba em 2011 e 2012. “Quem eu sou, quem você é, quem todos nós
somos, não pode ser condensado em um retrato, não pode ser expresso em
palavras, não pode ser definido por um nome”, diz Babi. Fecha o disco com chave
de ouro uma releitura para Trovão, de Estrela Leminski, Téo Ruiz e Paulo
Leminski.
O CD, que conta com projeto gráfico de
Adriana Alegria, estará à venda com preço promocional nos dias das
apresentações. O disco foi gravado com o incentivo do Banco do Brasil através
do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da
Prefeitura Municipal de Curitiba.
Trajetória – Babi Farah integrou o
Grupo Fato entre 1998 e 2001, participando da gravação dos CDs “Oquelatá Vivo”
(2002) e “Oquelatá Quelateje” (1999). Neste último, gravou pela primeira vez
uma de suas composições, “Cachimba”, em parceria com o guitarrista Gilson
Fukushima. O disco lhe rendeu a indicação ao Prêmio Saul Trumpet de melhor
cantora de MPB de 2001. Além do trabalho de composição desenvolvido em parceria
com Rogério Sabatella, desde 2007 compõe canções que são apresentadas e
difundidas em círculos espirituais de cura.
Mas a música está presente na vida de
Babi desde a infância. “Lembro de rodas de samba em casa, com meu tio ao
violão. Meu pai foi coralista do Colégio Estadual do Paraná, minha mãe sempre
cantou para nós”, lembra a cantora, cujo primeiro emprego, aos 17 anos, foi
como locutora da lendária rádio Estação Primeira, de onde saiu em 1993. Em
1991, Babi começou a cantar no Coral Champagnat, da PUC-PR, e de lá foi um pulo
para estar no Conservatório de MPB, onde iniciou sua carreira solo.
Os ingressos para as apresentações de
Babi Farah custam R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia).
Repertório:
Hiato de amor (Babi Farah/ Rogério
Sabatella)
Quem eu sou não tem retrato (Babi
Farah/ Rogério Sabatella)
Deságua (Babi Farah/ Rogério Sabatella)
Fire’s Lullaby (Babi Farah)
I’ve been down this road before (Babi
Farah)
Trovão (Estrela Leminski/ Téo Ruiz/
Paulo Leminski)
O tempo (Babi Farah)
Canto das Águas (Babi Farah)
Caleidoscópio (Babi Farah/ Rogério
Sabatella)
Mil estrelas (Babi Farah/ Rogério
Sabatella)
Nas beiradas (Babi Farah)
Mais informações: www.facebook.com/babifarahmusic
ou www.tambormultiartes.com
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