segunda-feira, 11 de abril de 2016

Zé Renato abre a nova temporada do Solo Música na Caixa Cultural

A Série Solo Música inicia nesta terça-feira (12), às 20 horas, sua oitava temporada na Caixa Cultural de Curitiba. Serão 10 recitais ao longo do ano até 13 de dezembro, sempre privilegiando a diversidade musical, com atrações de diversos gêneros e propostas inusitadas. Estas são características que fazem da Série Solo Música uma programação única no país e é o artista sozinho no palco o que há em comum une todos os recitais. O início este ano é com MPB. O cantor, compositor e violonista Zé Renato fará uma retrospectiva de sua carreira, doze dias após completar 60 anos de idade.
É uma honra abrir a temporada com Zé Renato. É artista de talento puro e que tem contribuído de forma significativa para a MPB desde os anos 70, quando ficou conhecido com o Boca Livre. Seu trabalho solo é também marcado pela diversidade dentro da MPB: há bossa nova, samba, canções, forró, música para crianças, um pouco de tudo”, diz Álvaro Collaço, produtor da Série.  O show de Zé Renato, para ele, é uma abertura perfeita ao Solo Música, que nos oito anos de sua história em Curitiba trouxe 71 artistas ao palco da Caixa Cultural.

Toada da vida - Zé Renato nasceu em Vitória, Espírito Santo, e tornou-se conhecido na cena do Rio de Janeiro no final dos anos 70 com o seu trabalho no grupo Cantares. Ganhou projeção nacional em 1979, quando formou com Cláudio Nucci, David Tygel e Maurício Maestro o quarteto vocal e instrumental Boca Livre, com o qual gravou vários discos. Construiu sua carreira solo paralelamente ao seu trabalho com o Boca Livre, participando individualmente de vários projetos musicais.
Primando pela sofisticação de produção e repertório, consolidou-se no primeiro time de intérpretes brasileiros. Algumas de suas canções foram gravadas por artistas como Jon Anderson (da banda YES), Milton Nascimento, Joyce, Zizi Possi, Leila Pinheiro, Lulu Santos, Nana Caymmi, MPB-4 e Boca Livre, entre outros. O compositor tem entre seus parceiros músicos como Milton Nascimento, Joyce Moreno, Lenine, Arnaldo Antunes, Paulo Cesar Pinheiro, Juca Filho dentre outros.
Em 1982 lançou “Fonte da Vida”, seu primeiro disco solo, e, no ano seguinte, “Luz e Mistério”. A partir de 1984 começou a atuar em dupla com Cláudio Nucci, com quem lançou o disco “Pelo Sim, Pelo Não”. Suas canções “Pelo Sim, Pelo Não” (com Cláudio Nucci e Juca Filho) e “A Hora e a Vez” (com Cláudio Nucci e Ronaldo Bastos), gravadas nesse disco, foram incluídas na trilha sonora de "Roque Santeiro", novela da TV Globo.
Em 1995 participou da trilha sonora de "O Tempo e o Vento", minissérie transmitida pela TV Globo, gravando as músicas “Rodrigo, Meu Capitão” e “Dona Bibiana”, a convite de Tom Jobim. Em 1986 formou, com Cláudio Nucci, Ricardo Silveira, Marcos Ariel, Zé Nogueira, Jurim Moreira e João Batista, a Banda Zil, com a qual lançou em 1988 o LP “Zil”. No ano seguinte integrou a banda Al di Meola, participando da gravação do LP “Tiramisu” e de turnês pelos Estados Unidos e Europa. Em 1988 lançou o cd “Pegadas” com a participação de Tom Jobim .
Em 1999 gravou “Cabô”, CD composto de sambas autorais em parceria com Lenine, Pedro Luis e Elton Medeiros, entre outros. Este CD foi lançado na França em abril/2005 pelo selo Luz Azul. Em 2001, lançou o CD “Filosofia”, contendo canções de Noel Rosa e Chico Buarque. Ao final de 2003 lançou o CD “Minha Praia”, onde mistura músicas significativas de sua trajetória com inéditas.
Ainda em 2003 idealizou e produziu o CD “Samba Prás Crianças” que recebeu o Prêmio TIM 2004 de Melhor Disco Infantil. Consolidando sua carreira internacional, esteve na França, em outubro de 2005, na caravana do Projeto Pixinguinha. Ainda, encerrando as comemorações do Ano do Brasil na França, no mês de novembro, integrou o elenco da Sinfonia do Rio de Janeiro no auditório da Unesco, em Paris.
Em 2006 realizou 4 projetos: o show “Encontro das Águas”, com Joyce; gravou o segundo CD de seu projeto infantil “Forró Prás Crianças” (pela gravadora Biscoito Fino) que recebeu o Premio Tim 2007 de melhor CD infantil e foi indicado ao Grammy Latino de 2007 na categoria Melhor Álbum Infantil; a gravação do DVD “Zé Renato ao Vivo” e lançou, em 2007 o CD/DVD “Boca Livre e ao Vivo” (vencedor do Prêmio Tim 2008 na categoria Melhor Grupo).
Em 2008 gravou o CD “É Tempo de Amar” (selo MPB/Universal) com o qual ganhou o prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) na categoria Melhor Cantor e o Prêmio da Música Brasileira 2009 na categoria Melhor Cantor de Canção Popular.
Em 2009, dentre outros trabalhos, retomou o projeto Dobrando a Carioca com os parceiros de palco: Macalé, Guinga e Moacyr Luz. Em 2010 lançou o CD/DVD “Papo de Passarim”, em parceria com o cantor Renato Braz e pelo qual foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira 2011 na categoria Melhor Cantor, e em 2011 o 12° CD solo “Breves Minutos”.
Em 2012 e durante o ano de 2013 viajou com os shows “Zé Renato Trio” (acompanhado de Tutty Moreno e Rômulo Gomes) e “Zé Renato Prás Crianças”. Ainda em 2013 lançou, com o grupo Boca Livre o CD “Amizade”. Em 2014 lançou o CD “ZR Trio - O Vento na Madrugada Soprou”, se apresentou em turnê na Argentina com o compositor Carlos Aguirre e, convidado pelo Itamaraty, homenageou Tom Jobim em turnê pelo Canadá.
Em 2015 retomou o projeto Banda Zil, lançou o “Zé Renato Canta Chico Buarque” e ganhou o Prêmio da Música Brasileira 2015 na categoria Melhor Grupo com o CD “ZR Trio - O Vento na Madrugada Soprou”. Neste ano, Zé Renato começou em grande estilo, com em 2016 terá o lançamento pelo selo Descobertas de uma caixa com seus primeiros discos.
Esta apresentação de Zé Renato na Série Solo Música tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e é uma realização de Alvaro Collaço Produções. Ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) podem ser adquiridos na bilheteria da Caixa Cultural, na Rua Conselheiro Laurindo, 280. Informações pelo fone 2118-5111.

Outros nomes da Série em 2016

10 de maio - Leo Gandelman - saxofone
Referência no jazz e na música instrumental no Brasil, Leo Gandelman fará sua primeira apresentação solo na vida. Era, segundo ele, um sonho antigo. Mostrará na apresentação clássicos do choro e da MPB.

14 de junho - Antonio Del Claro - violoncelo
O violoncelista fará o recital “Cello em Solo Brasileiro”, no qual abordará um repertório inédito: obras escritas para o violoncelo solo por compositores brasileiros.

12 de julho - Lulinha Alencar - sanfona/ acordeão
Natural do Rio Grande do Norte e há anos residindo em São Paulo, o virtuoso Lulinha Alencar fará uma homenagem a sanfoneiros nordestinos: Luiz Gonzaga, Sivuca, Dominguinhos, Camarão, Noca e Zé de Cesário, pai de Lulinha.

27 de julho - Fátima Miranda - voz em performance cênica
Profunda pesquisadora da voz humana e suas capacidades, a espanhola Fátima Miranda mostrará algumas das “sketches” que fazem dela referência mundial em canto e interpretação. Espetáculo de vanguarda, em que cena e música e se mesclam sem ser ópera. .

9 de agosto - Nelson Gonzalez - cuatro venezuelano
Jovem talento da música instrumental venezuelana, o virtuoso Nelson Gonzalez mostrará um raríssimo solo de cuatro, instrumento que é pouco maior que cavaquinho e é típico da Venezuela. Recital raro e com cores latino-americanas.

13 de setembro - Simone Sou - percussão
A percussionista, cantora e compositora paulista, radicada na Holanda é conhecida pela fusão entre a tradição e a experimentação, com forte uso de recursos eletrônicos. Simone Sou é uma das referências femininas em percussão no país.

11 de outubro - Nonato Luiz - violão
Violonista e compositor cearense, com carreira internacional, Nonato Luiz mostrará no Solo Música a influência dos ritmos nordestinos em sua música.   Um recital com obras do próprio Nonato e de Luiz Gonzaga, algo que não é muito comum de ser ver em circuitos de violão pelo país.

8 de novembro - Cesar Villavicencio - flautas doce e e-recorder
Professor da USP, o peruano Cesar Villavicencio é músico requisitado tanto para eventos de música antiga, quanto contemporânea. Daí o uso que faz do e-recorder, instrumento que permite o uso de sons inusitados. O recital  traz duas obras comissionadas para a ocasião, uma de André Mehmari, outra de Carlos da Costa Coelho.

13 de dezembro - Michel Deneuve - cristal baschet
Concerto raro. O instrumentista francês Michel Deneuve vem pela primeira vez ao Brasil tocar o instrumento que, como o nome diz, traz uma sonoridade de cristal. Criado pelos irmãos Baschet em 1952, o cristal baschet é instrumento praticamente desconhecido dos brasileiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário