A Série Solo Música inicia nesta
terça-feira (12), às 20 horas, sua oitava temporada na Caixa Cultural de
Curitiba. Serão 10 recitais ao longo do ano até 13 de dezembro, sempre
privilegiando a diversidade musical, com atrações de diversos gêneros e
propostas inusitadas. Estas são características que fazem da Série Solo Música
uma programação única no país e é o artista sozinho no palco o que há em comum
une todos os recitais. O início este ano é com MPB. O cantor, compositor e
violonista Zé Renato fará uma retrospectiva de sua carreira, doze dias após
completar 60 anos de idade.
“É uma honra abrir a temporada com Zé
Renato. É artista de talento puro e que tem contribuído de forma significativa
para a MPB desde os anos 70, quando ficou conhecido com o Boca Livre. Seu
trabalho solo é também marcado pela diversidade dentro da MPB: há bossa nova,
samba, canções, forró, música para crianças, um pouco de tudo”, diz Álvaro
Collaço, produtor da Série. O show de Zé
Renato, para ele, é uma abertura perfeita ao Solo Música, que nos oito anos de
sua história em Curitiba trouxe 71 artistas ao palco da Caixa Cultural.
Toada da vida - Zé Renato nasceu em
Vitória, Espírito Santo, e tornou-se conhecido na cena do Rio de Janeiro no
final dos anos 70 com o seu trabalho no grupo Cantares. Ganhou projeção
nacional em 1979, quando formou com Cláudio Nucci, David Tygel e Maurício
Maestro o quarteto vocal e instrumental Boca Livre, com o qual gravou vários
discos. Construiu sua carreira solo paralelamente ao seu trabalho com o Boca
Livre, participando individualmente de vários projetos musicais.
Primando pela sofisticação de produção
e repertório, consolidou-se no primeiro time de intérpretes brasileiros.
Algumas de suas canções foram gravadas por artistas como Jon Anderson (da banda
YES), Milton Nascimento, Joyce, Zizi Possi, Leila Pinheiro, Lulu Santos, Nana
Caymmi, MPB-4 e Boca Livre, entre outros. O compositor tem entre seus parceiros
músicos como Milton Nascimento, Joyce Moreno, Lenine, Arnaldo Antunes, Paulo
Cesar Pinheiro, Juca Filho dentre outros.
Em 1982 lançou “Fonte da Vida”, seu
primeiro disco solo, e, no ano seguinte, “Luz e Mistério”. A partir de 1984
começou a atuar em dupla com Cláudio Nucci, com quem lançou o disco “Pelo Sim, Pelo
Não”. Suas canções “Pelo Sim, Pelo Não” (com Cláudio Nucci e Juca Filho) e “A Hora
e a Vez” (com Cláudio Nucci e Ronaldo Bastos), gravadas nesse disco, foram
incluídas na trilha sonora de "Roque Santeiro", novela da TV Globo.
Em 1995 participou da trilha sonora de
"O Tempo e o Vento", minissérie transmitida pela TV Globo, gravando
as músicas “Rodrigo, Meu Capitão” e “Dona Bibiana”, a convite de Tom Jobim. Em
1986 formou, com Cláudio Nucci, Ricardo Silveira, Marcos Ariel, Zé Nogueira,
Jurim Moreira e João Batista, a Banda Zil, com a qual lançou em 1988 o LP
“Zil”. No ano seguinte integrou a banda Al di Meola, participando da gravação
do LP “Tiramisu” e de turnês pelos Estados Unidos e Europa. Em 1988 lançou o cd
“Pegadas” com a participação de Tom Jobim .
Em 1999 gravou “Cabô”, CD composto de
sambas autorais em parceria com Lenine, Pedro Luis e Elton Medeiros, entre
outros. Este CD foi lançado na França em abril/2005 pelo selo Luz Azul. Em
2001, lançou o CD “Filosofia”, contendo canções de Noel Rosa e Chico Buarque.
Ao final de 2003 lançou o CD “Minha Praia”, onde mistura músicas significativas
de sua trajetória com inéditas.
Ainda em 2003 idealizou e produziu o CD
“Samba Prás Crianças” que recebeu o Prêmio TIM 2004 de Melhor Disco Infantil.
Consolidando sua carreira internacional, esteve na França, em outubro de 2005,
na caravana do Projeto Pixinguinha. Ainda, encerrando as comemorações do Ano do
Brasil na França, no mês de novembro, integrou o elenco da Sinfonia do Rio de
Janeiro no auditório da Unesco, em Paris.
Em 2006 realizou 4 projetos: o show “Encontro
das Águas”, com Joyce; gravou o segundo CD de seu projeto infantil “Forró Prás
Crianças” (pela gravadora Biscoito Fino) que recebeu o Premio Tim 2007 de
melhor CD infantil e foi indicado ao Grammy Latino de 2007 na categoria Melhor
Álbum Infantil; a gravação do DVD “Zé Renato ao Vivo” e lançou, em 2007 o CD/DVD
“Boca Livre e ao Vivo” (vencedor do Prêmio Tim 2008 na categoria Melhor Grupo).
Em 2008 gravou o CD “É Tempo de Amar”
(selo MPB/Universal) com o qual ganhou o prêmio da APCA (Associação Paulista de
Críticos de Arte) na categoria Melhor Cantor e o Prêmio da Música Brasileira
2009 na categoria Melhor Cantor de Canção Popular.
Em 2009, dentre outros trabalhos,
retomou o projeto Dobrando a Carioca com os parceiros de palco: Macalé, Guinga
e Moacyr Luz. Em 2010 lançou o CD/DVD “Papo de Passarim”, em parceria com o
cantor Renato Braz e pelo qual foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira 2011
na categoria Melhor Cantor, e em 2011 o 12° CD solo “Breves Minutos”.
Em 2012 e durante o ano de 2013 viajou
com os shows “Zé Renato Trio” (acompanhado de Tutty Moreno e Rômulo Gomes) e
“Zé Renato Prás Crianças”. Ainda em 2013 lançou, com o grupo Boca Livre o CD
“Amizade”. Em 2014 lançou o CD “ZR Trio - O Vento na Madrugada Soprou”, se
apresentou em turnê na Argentina com o compositor Carlos Aguirre e, convidado
pelo Itamaraty, homenageou Tom Jobim em turnê pelo Canadá.
Em 2015 retomou o projeto Banda Zil,
lançou o “Zé Renato Canta Chico Buarque” e ganhou o Prêmio da Música Brasileira
2015 na categoria Melhor Grupo com o CD “ZR Trio - O Vento na Madrugada
Soprou”. Neste ano, Zé Renato começou em grande estilo, com em 2016 terá o lançamento
pelo selo Descobertas de uma caixa com seus primeiros discos.
Esta apresentação de Zé Renato na Série
Solo Música tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e é uma realização de
Alvaro Collaço Produções. Ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
podem ser adquiridos na bilheteria da Caixa Cultural, na Rua Conselheiro
Laurindo, 280. Informações pelo fone 2118-5111.
Outros nomes da Série em 2016
10 de maio - Leo Gandelman - saxofone
Referência no jazz e na música
instrumental no Brasil, Leo Gandelman fará sua primeira apresentação solo na
vida. Era, segundo ele, um sonho antigo. Mostrará na apresentação clássicos do
choro e da MPB.
14 de junho - Antonio Del Claro -
violoncelo
O violoncelista fará o recital “Cello
em Solo Brasileiro”, no qual abordará um repertório inédito: obras escritas
para o violoncelo solo por compositores brasileiros.
12 de julho - Lulinha Alencar -
sanfona/ acordeão
Natural do Rio Grande do Norte e há
anos residindo em São Paulo, o virtuoso Lulinha Alencar fará uma homenagem a
sanfoneiros nordestinos: Luiz Gonzaga, Sivuca, Dominguinhos, Camarão, Noca e Zé
de Cesário, pai de Lulinha.
27 de julho - Fátima Miranda - voz em
performance cênica
Profunda pesquisadora da voz humana e
suas capacidades, a espanhola Fátima Miranda mostrará algumas das “sketches”
que fazem dela referência mundial em canto e interpretação. Espetáculo de
vanguarda, em que cena e música e se mesclam sem ser ópera. .
9 de agosto - Nelson Gonzalez - cuatro
venezuelano
Jovem talento da música instrumental
venezuelana, o virtuoso Nelson Gonzalez mostrará um raríssimo solo de cuatro,
instrumento que é pouco maior que cavaquinho e é típico da Venezuela. Recital
raro e com cores latino-americanas.
13 de setembro - Simone Sou - percussão
A percussionista, cantora e compositora
paulista, radicada na Holanda é conhecida pela fusão entre a tradição e a
experimentação, com forte uso de recursos eletrônicos. Simone Sou é uma das
referências femininas em percussão no país.
11 de outubro - Nonato Luiz - violão
Violonista e compositor cearense, com
carreira internacional, Nonato Luiz mostrará no Solo Música a influência dos
ritmos nordestinos em sua música. Um
recital com obras do próprio Nonato e de Luiz Gonzaga, algo que não é muito comum
de ser ver em circuitos de violão pelo país.
8 de novembro - Cesar Villavicencio -
flautas doce e e-recorder
Professor da USP, o peruano Cesar
Villavicencio é músico requisitado tanto para eventos de música antiga, quanto
contemporânea. Daí o uso que faz do e-recorder, instrumento que permite o uso
de sons inusitados. O recital traz duas
obras comissionadas para a ocasião, uma de André Mehmari, outra de Carlos da
Costa Coelho.
13 de dezembro - Michel Deneuve -
cristal baschet
Concerto raro. O instrumentista francês Michel Deneuve vem pela primeira vez ao Brasil tocar o instrumento que, como o nome diz, traz uma sonoridade de cristal. Criado pelos irmãos Baschet em 1952, o cristal baschet é instrumento praticamente desconhecido dos brasileiros.
Concerto raro. O instrumentista francês Michel Deneuve vem pela primeira vez ao Brasil tocar o instrumento que, como o nome diz, traz uma sonoridade de cristal. Criado pelos irmãos Baschet em 1952, o cristal baschet é instrumento praticamente desconhecido dos brasileiros.
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