Com texto e direção de Edson Bueno, a
peça “Se Eu Morresse Amanhã” coloca em cena dois atores - Edson Bueno e Ricardo
Westphalen - que executam um jogo teatral de vida e morte. A um passo da morte,
um executivo de 40 anos revê a sua vida, sua relação com a ex-mulher, os filhos
adolescentes e seu trabalho. Neste jogo a questão principal é tudo o que
poderia ser vivido, falado e amado e que foi adiado por medo, individualismo e
fuga. Um ator é a vida que está prestes a acabar e o outro ator é a morte e sua
lógica inabalável. Na impossibilidade de recuperar o tempo perdido, o executivo
pede à morte algum tempo mais de vida para ao menos tentar algum tipo de
redenção. Em busca do tempo perdido o executivo inicia um verdadeiro jogo de
vida e morte, do qual pode redimir-se de uma vida desperdiçada.
O texto lança mão de grandes poetas e
pensadores como Nietzsche, Fernando Pessoa, Charles Chaplin, Machado de Assis,
William Shakespeare, entre outros para um jogo de ação e palavras, às vezes
dramático, às vezes poético e às vezes engraçado. O filme “O Sétimo Selo”, que
Ingmar Bergman fez em 1956 é um ponto de partida, uma inspiração
cinematográfica para um jogo cênico intenso e emocionante.
Indicadas para maiores de 16 anos, as
encenações acontecem até dia 26 de abril, de quinta a domingo, às 20h30, no Mini-Auditório
do Teatro Guaira. Produzido pela Cia. Teatral Humor Proprium e Grupo Delírio
Cia. de Teatro, a peça tem sonoplastia de Chico Nogueira; iluminação de
Guerreiro e cenário de Cleber Hidalgo. Informações sobre ingressos: 3315-0808.
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