A concessão da Pedreira Paulo Leminski
e da Ópera de Arame foi questionada por Tico Kuzma (PROS) na sessão ordinária
desta terça-feira (7). O vereador apresentou, ao plenário, requerimento de sua
autoria que solicita informações à Prefeitura de Curitiba sobre o cumprimento
do contrato 2.952/2012, que autoriza a gestão e operação do espaço pela empresa
terceirizada DC7.
No documento, Kuzma indaga o Executivo,
entre outras questões, sobre quando foi feita a reserva da data de 3 de abril
de 2015 para o espetáculo da Paixão de Cristo e se foi comunicado à
concessionária o público estimado para a apresentação. Segundo o parlamentar,
esta é a segunda vez que solicita informações à administração municipal sobre a
concessão do espaço.
“Ano passado, a prefeitura respondeu o
requerimento que fiz em março. Agora, o novo pedido de informações se dá em
razão do limite de público estabelecido para a Paixão de Cristo. Na última
sexta-feira, apenas duas mil pessoas puderam assistir ao espetáculo, que já é
tradicional na cidade e de grande importância para a comunidade católica”,
explicou.
O vereador Jonny Stica (PT) afirmou
que, quando a Pedreira Paulo Leminski foi reaberta, foi feito um acordo com os
moradores e o Ministério Público do Paraná (MP-PR) para que fossem realizados
apenas dois grandes eventos por mês, com limite de 15 mil pessoas. “Em agosto
de 2014, foi feito o planejamento dos eventos para este ano. A Paixão de Cristo
foi marcada em janeiro de 2015, quando já havia dois eventos marcados. Por isto
a limitação”, disse, adiantando a resposta à pergunta de Kuzma.
“O que a prefeitura quer para a Paixão
de Cristo? Se quer um grande espetáculo, que ela organize para que a Paixão de
Cristo seja um grande espetáculo”, ressaltou o parlamentar do PROS. “Não acho
correto. A lição que fica é que a Paixão de Cristo tem que estar no calendário
oficial da cidade, por ser um evento de grande importância, da comunidade
católica. Acredito que, no próximo ano, a Prefeitura de Curitiba deverá travar
a data”, completou o petista.
O limite de público foi criticado por
Chico do Uberaba (PMN), nesta segunda (6), quando informou ao plenário que o
Grupo Lanteri – responsável pela apresentação do espetáculo – não foi
comunicado de que a capacidade seria apenas para 2 mil pessoas. “Por que não
alertaram sobre o limite antes da assinatura do contrato? Eles [o grupo]
entraram com um mandado de segurança para aumentar a capacidade, mas foram
vencidos”, afirmou, na ocasião.
Outras informações - No requerimento,
Tico Kuzma também questiona se a DC7 disponibiliza os ingressos dos eventos a
prefeitura – conforme previsto no contrato – e como eles são distribuídos pelo
Executivo. “A concessionária já executou todas as obras previstas no contrato?
Já efetuou o pagamento da contraprestação pecuniária inicial de R$ 160 mil e
faz o repasse mensal da contraprestação de 5% sobre a receita bruta mensal?”
Ao Executivo, foram solicitados os
valores pagos pela concessionária, mensalmente, entre janeiro de 2014 e março
de 2015, bem como a cópia do relatório de demonstração do resultado do
exercício fiscal. Por fim, a administração municipal também deverá informar se
utiliza as datas que tem direito por contrato, quais já utilizou e com qual
finalidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário