O Portão Cultural vai sediar nesta
semana, de 22 a 25 de junho, a primeira edição da Feira Internacional da Músicado Sul – FIMS, evento que reúne agentes da cadeia produtiva e criativa da
música com o objetivo de fomentar negócios no cenário musical do Sul do país. A
feira é voltada para artistas, empresários, produtores, selos, gravadoras e
diretores de festivais. O projeto foi realizado por meio da Lei Municipal de
Incentivo à Cultura da Prefeitura de Curitiba com incentivo do Banco do Brasil.
A Feira Internacional da Música do Sul
terá uma extensa programação de palestras, debates, rodadas de negócios, e
showcases de bandas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Esses shows
de curta duração (20 minutos) têm o intuito de mostrar o conteúdo e a
performance de uma banda ou artista para um público composto por formadores de
opinião e profissionais de destaque no mercado da música, nacionais e
internacionais.
Entre os convidados internacionais
estarão Benjamin Ruth, representante do Lancaster Music Festival (Inglaterra) e
Alfredo Caxaj, da Sunfest (Canadá). Entre os nacionais estão Zé Ricardo,
curador do palco Sunset do Rock in Rio, e Felipe Radicetti, músico e fundador
do Grupo de Ação Parlamentar Pró-Música, além de representantes do Ministério
da Cultura e de secretarias de cultura estaduais e municipais.
As feiras de música – As feiras de
música são hoje espaços estratégicos para o setor pela capacidade de dar
visibilidade e estabelecer vínculos comerciais entre os agentes da cadeia
produtiva da música. Essas feiras acontecem em vários países e algumas delas se
destacam, como a WOMEX, feira itinerante europeia, a BAFIM em Buenos Aires, a
Culturgal – Feira das Indústrias Culturais Galega, em Pontevedra (Espanha), a
POPKOMM em Berlim, o MIDEN, em Cannes, a Canadian Music Week, em Toronto, o
Mercado de Música Viva de Vic (Espanha), o CMJ Music Marathon, em Nova York.
A Feira da Música do Sul faz parte de
um projeto nacional maior, as Feiras Regionais e os Encontros da Feira Música
Brasil. Curitiba foi escolhida, durante o Seminário do Fórum Nacional da
Música, como sede desta edição da Feira de Música do Sul. É a primeira vez que
o evento é realizado fora do Rio Grande do Sul, onde foram realizadas as duas
edições anteriores.
Confira a programação:
MESAS DE DEBATE
Cine Guarani – Portão Cultural
22 JUN (QUA)
14h30 – O ensino de música nas escolas
pode mudar a música e o Brasil?
Uma discussão sobre a lei que obriga a
volta do ensino de música nas escolas em todo país. Desdobramentos, situação
atual e o que isso pode representar para a música diretamente, na geração de
emprego e renda, e a importância para a sociedade e a formação de nossos
alunos.
Felipe Radicetti (GAP)
Magali Kleber (UEL / Pres. Honra ABEM)
Tereza Piekarski (Sec. Municipal de
Educação)
Jorge Falcon (PUC-PR)
Mediação: Indioney Rodrigues (UFPR)
17h30 – Cooperativismo musical:
perspectivas e desafios
As cooperativas de música e artes em
geral representam um modelo importante para o mercado profissional desde pelo
menos a metade dos anos 1990. Debater e entender as perspectivas e os desafios
do mecanismo do cooperativismo aplicado ao setor musical é fundamental para os
seus profissionais.
Luiz Felipe Gama (Cooperativa de Música
de São Paulo)
Andrea Andri Doris (SEBRAE-PR)
Mediação: Makely Ka (COMUM-MG)
23 JUN (QUI)
14h – Agência ou instituto nacional da
música e seu impacto na política pública e na representatividade da classe
Antiga discussão acerca dessa possível
entidade exclusivamente para a música em âmbito federal, análoga a ANCINE para
o cinema, essa medida foi anunciada recentemente pelo Ministério da Cultura.
Qual é o impacto disso para o setor e como essa entidade pode colaborar também
para a representatividade da classe musical.
Paulo Sarkis (FENAMUSI)
Marcos Cordiolli (Fundação Cultural de
Curitiba)
Mediação: Manoel Neto
17h30 – Festivais latino-americanos e a
sustentabilidade no mercado
Cada vez mais importantes no mercado e
na indústria da música, os festivais são peça chave para a circulação de
qualquer trabalho musical. Como esses eventos se mantêm e acontecem de forma
sustentável e o intercâmbio que existe na América Latina serão temas deste
debate.
Gutie (Recbeat)
Luciano Balen (Festival de Música de
Rua)
Marcos Ramirez (Mamboretá Psicofolk –
Paraguai)
Zé Ricardo (Rock'n'Rio)
Thiago Piccoli (El Mapa de Todos)
Mediação: Fabiana Batistela (SIM São
Paulo)
24 JUN (SEX)
14h – Pequenas mídias e incubadoras
descentralizando a grande mídia
A grande mídia também sofreu uma série
de transformações com a revolução digital nos últimos anos, e quem trabalha com
música precisou se adequar a essas mudanças. Qual o papel que novas e pequenas
mídias e projetos de incubadoras musicais desempenham nesse rearranjo complexo?
Luciano Faccini (Água Viva)
Aline Valente (Sofar Sounds – Curitiba)
Abonico Smith (Mondo Bacana)
Fabio Pedrosa (Móveis Coloniais de
Acajú)
Mediação: Web Mota (Musicoteca)
17h30 – Streaming e direitos digitais
Apontado como a "salvação" da
indústria fonográfica, o streaming veio pra ficar e já é uma realidade no
mercado da música. Uma prova disso é que o Ministério da Cultura propôs uma
série de medidas para regular a distribuição dos direitos autorais oriundos
dessas plataformas, o que está em ampla discussão neste momento
Roberto Mello (ABRAMUS)
Cacá Machado (Rede Brasil de Festivais)
Maurício Bussab (Tratore)
Mediação: Alexandre Pesserl
25 JUN (SÁB)
14h – Intercenas e interconexões
As capitais dos três estados do sul do
país apresentam cenas distintas e em ascensão nos últimos anos. Como elas atuam
e estimulam também a produção do interior, e como poderiam surgir formas de
intercâmbio entre essas cenas é o tema deste debate.
Bina Zanette (Santa Produção / FIMS)
Thiago Piccoli (El Mapa de Todos –
Porto Alegre-RS)
Luiz Meira (Florianópolis)
Mediação: Mara Fontoura (Gramofone)
17h30 – Direito autoral no Brasil:
debates e perspectivas
Outro tema controverso e importante do
setor musical, o debate sobre o recolhimento do direito autoral no Brasil e a
fiscalização dessa atividade pelo estado já está em discussão há mais de 10
anos. Quais as recentes mudanças propostas e como isso vai impactar o setor?
Roberto Mello (ABRAMUS)
Daniel Campello (Advogado)
Mediação: André Wlodarczyk
PAINÉIS / PALESTRAS
Cine Guarani – Portão Cultural
22 JUN (QUA)
16h – O artista nos festivais e feiras
pelo mundo
Makely Ka (COMUM-MG)
Esta conversa trata da experiência do
palestrante em feiras internacionais e a participação do Brasil nesses eventos.
Como representante do Programa Música Minas e da CoMuM – Cooperativa da Música
de Minas, o compositor participou de ações tanto no Brasil quanto no exterior,
em eventos como Mercat de Música Viva de Vic (Barcelona na Espanha), CMJ Music
Marathon (Nova York nos EUA), WOMEX (feire intinerante pela Europa), Feira
Música Brasil (Recife e Belo Horizonte), entre outras.
19h30 – O papel de reconfiguração do
compositor
Téo Ruiz (WhoIs Produções / FIMS)
A revolução digital provocou uma
verdadeira avalanche na indústria da música como um todo após anos 1990.
Agentes, mídias, mecanismos de produção e uma série de fatores mudaram e novos
caminhos e possibilidades surgiram em virtude dessas mudanças. Nesta conversa,
o escritor do livro "A Autoprodução Musical" pretende trazer à tona o
papel que o compositor tem e teve nesse processo, e como passou a ser possível
que ele protagonizasse um modelo de negócios viável e competitivo no mercado
sem estar vinculado a qualquer gravadora apostando em seu próprio
empreendedorismo.
23 JUN (QUI)
16h – Políticas públicas municipais
para a música
Igor Cordeiro (Fundação Cultural de
Curitiba)
Aborda as mudanças no panorama da área
musical na cidade com a adoção de novas políticas da FCC, como o fortalecimento
das bandas locais nos grandes eventos e demais parceiros, a relação com as
novas tecnologias e os editais públicos específicos para a linguagem.
19h30 – O papel do curador na música e
mercados culturais – visões e caminhos
Benjamin Taubkin
Esta palestra procura abordar as
possíveis atribuições de um curador. O que ele busca em uma seleção de
trabalhos, a necessária (e benéfica) visão particular de cada um em um tempo de
editais. O que fica dentro em contraponto ao que fica fora em qualquer
programação que prevê uma seleção. Além disso, a importância da participação e
experiência de tantos mercados e feiras pelo mundo, expectativas reais e o que
esperar de um encontro como esse.
24 JUN (SEX)
16h – Redes de profissionais da música
entre Argentina, Brasil e demais países da América Latina
Paula Rivera (Min. Cultura – Argentina)
Esta conferência procura discutir sobre
as redes e experiências profissionais na região sul do continente. Circuitos de
negócios entre o Brasil e Argentina, o papel do Estado e a situação dos
empresários independentes. Também será apresentada a MMF LATAM, que é a maior
associação de profissionais da música da América Latina.
19h30 – Exportação de música: entenda
quais são os caminhos para realizar negócios fora do Brasil
Leandro Ribeiro (BM&A)
Neste workshop, mostraremos quais são
as oportunidades, eventos internacionais importantes, cases, desafios,
investimentos e possibilidades de retorno para a música brasileira no exterior.
25 JUN (SÁB)
16h – O que os festivais internacionais
pensam sobre a música brasileira (somente em espanhol)
Alfredo Caxaj (Sunfest – Canadá)
A diversidade e riqueza da música
brasileira é extensa e variada, porém qual é a perspectiva ou conceito que se
tem dela dentro do circuito dos festivais internacionais? Alfredo Caxaj,
diretor artístico do festival de músicas do mundo e jazz SUNFEST, na cidade de
London, em Ontario/ Canadá, compartilha suas experiências e perspectiva sobre
este tema, bem como os desafios que se tem enfrentado
19h30 – Organizando um festival
internacional de música com baixo orçamento e contratando atrações ao redor do
mundo(somente em inglês)
Benjamin Ruth (Lancaster Music Festival
– UK)
O coordenador do premiado Lancaster
Music Festival compartilha o efetivo modelo de negócio usado no festival para
atrair um público de número significativo e ao mesmo tempo oferecer um evento
gratuito de grande porte a seus frequentadores. Parte do sucesso do festival o
permite contratar atrações internacionais de alta qualidade com um orçamento
pequeno e isto também será discutido.
22 a 25 JUNHO
RODADA DE NEGÓCIOS
14h às 17h
Com agendamento prévio entre o
artista/empresário e o comprador, pequenas reuniões se tornam um espaço
importante para a possibilidade de concretizar negócios
Museu Municipal de Arte (MuMA) – Portão
Cultural (Sala Célia Neves Lazzarotto)
TROCA DE IDEIAS
15h às 17h – Espaço para pequenas
palestras e trocas de idéias, que serão oferecidas aos participantes do evento
que já possuem experiência em determinado assunto.
Casa da Leitura Wilson Bueno – Portão
Cultural
ENCONTROS (IN)FORMAIS
14h às 18h – Espaço para reuniões
espontâneas, marcadas pelos próprios participantes do evento, para reuniões e
encontros de negócios.
Museu Municipal de Arte (MuMA) – Portão
Cultural (Sala Célia Neves Lazzarotto)
SHOWCASES
15h20 às 21h – Apresentações
selecionadas mediante edital público, pretendem ser uma vitrine e um espaço
para os artistas do sul. Divididos por região e a cidade sede, grupos e
artistas se apresentam em formato reduzido.
Auditório Antonio Carlos Kraide –
Portão Cultural
CIRCUITO OFF
Programação noturna paralela ao evento
para shows de inscritos e participantes. Mais informações no site do evento.
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