Neste domingo (19), o Museu Oscar
Niemeyer (MON) encerra a mostra “Nos Pormenores um Universo – Centenário de
Vilanova Artigas”, em exposição desde agosto de 2015, ano em que o João
Vilanova Artigas completaria 100 anos de vida.
Com curadoria da arquiteta Giceli
Portela e da historiadora e crítica de arte Maria José Justino, a exposição
traz projetos, desenhos artísticos e maquetes do curitibano que se tornou
referência de arquitetura no Brasil. Os detalhes estão presentes na mostra,
porque, como observou Giceli Portela, “a obra de Artigas se explica em
pormenores”.
A exposição apresenta também trabalhos
de outros artistas, principalmente aqueles que influenciaram a obra de Artigas,
fotografias e documentos do acervo da família. Assim, diferentes ângulos da
vida do arquiteto se revelam ao visitante.
A curadora Maria José Justino analisa:
“Falar de João Vilanova Artigas é mergulhar em um universo múltiplo. Essa
exposição busca mostrar o arquiteto, o artista, o mestre, o político e o
cidadão. E, em todas as perspectivas, Artigas mostrou-se íntegro. É, antes de
tudo, um pensador. Um homem que pensa a sua condição humana, o seu presente, a
realidade de seu país e o seu papel enquanto profissional e cidadão”.
“Nos Pormenores um Universo –
Centenário de Vilanova Artigas” foi uma das três mostras indicadas ao Prêmio
Paulo Mendes de Almeida da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA),
que premia a melhor exposição nacional de 2015. No período expositivo, de
agosto de 2015 a junho deste ano, atingiu um público de mais de 240 mil
pessoas. O catálogo da exposição de Vilanova Artigas produzido pelo museu está
à venda na MON Loja.
Vilanova Artigas - João Batista
Vilanova Artigas nasceu em Curitiba, em junho de 1915. Mudou-se para São Paulo
e se formou arquiteto pela Escola Politécnica da USP, em 1937. Foi fundador da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, em 1948, na
qual liderou, mais tarde em 1962, um movimento para a reforma do ensino, que
influenciou outras faculdades de arquitetura no Brasil. Foi bolsista da John
Simon Guggenheim Foundation em 1947. Militante dos movimentos populares no
Brasil, foi perseguido pela ditadura militar, tendo sido expulso da
Universidade em 1969, juntamente com outros professores brasileiros. Sua obra
foi duas vezes premiada internacionalmente pela União Internacional de
Arquitetos - UIA (Prêmio Jean Tschumi - 1972 e Prêmio Auguste Perret - 1985,
este póstumo).
Mais informações: 3350-4400 ou www.museuoscarniemeyer.org.br.
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