O escritor Marcio Renato dos Santos
realiza sessão de autógrafos do recém-lançado “Mais Laiquis”, nesta sexta
feira, 15 de maio, a partir das 19h30, no Café Snege (rua Mamoré, 188). O livro
custa R$ 40,00 e a entrada é franca.
Publicado pela Tulipas Negras, “Mais Laiquis”
reúne 13 narrativas nas quais o autor problematiza literariamente a vaidade em
situações que envolvem as redes sociais, sobretudo postagens de fotos e textos
no Facebook e no Instagram. Também há contos nos quais os personagens não sabem
se estão vivos, mortos ou dentro de um pesadelo.
A recepção de “Mais Laiquis” tem sido
positiva. O professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Aguinaldo
Severino escreveu, no blog “Livros Que Eu Li”, que no livro de contos de Marcio
Renato dos Santos o que se narra, e apresenta, é o cotidiano de uma grande
cidade, a vida que passa num sopro, o realismo áspero deste início de século, a
ilusão de que quanto mais rapidamente fazemos algo mais ativos estamos, seja no
trabalho, numa etapa dos estudos, num deslocamento, numa tarefa, no exercício
do amor e da mundanidade, nas múltiplas interações com os outros.
“O humor dos contos é apenas aparente,
camufla destinos ou comportamentos algo cruéis. O minimalismo deles lembra
Raymond Carver (lembrei várias vezes de um velho filme de Robert Altman baseado
nos contos de Carver, “Short Cuts”). Marcio sabe escrever bons diálogos e
quando é descritivo foca no que realmente é fundamental na história. Eu, mais
velho e mais pessimista que ele, chamaria esse livro de “Os Desajustados”,
porém “Mais Laiquis” talvez seja irônico na medida certa para identificar o bom
livro que é”, afirma Severino.
O Café Snege, onde acontece a sessão de
autógrafos, funciona na capital paranaense, no bairro Mercês, num espaço
chamado Vila Zanardini, idealizado por Daniel Snege e Zizi Zanardini. “A Vila
Zanardini surgiu da ideia de reaproveitar tudo que é considerado lixo ou
obsoleto, como o próprio terreno, situado na Rua Mamoré, Mercês, há 15 anos
subutilizado, agora, além de um jardim de 1.200 metros quadrados, com bosque,
horta e viveiro de plantas que podem ser adquiridas ali mesmo. O Café Snege
serve café tanto na cafeteira francesa quanto no bule com pão caseiro,
gastronomia de ‘comida confortável’ com cenário mutável”, explica Zizi.
“Agradeço ao Daniel, filho do Jamil, um
idealizadores do espaço, pelo convite. É uma satisfação autografar “Mais Laiquis”
num Café que tem o sobrenome de meu grande amigo Jamil Snege (1939-2003), com
quem aprendi muito sobre a vida e a literatura. Meu maestro soberano foi Jamil
Snege”, afirma Marcio.
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