quarta-feira, 22 de julho de 2015

Cópia restaurada do clássico “O Sétimo Selo” chega aos cinemas

Filmes que marcaram a história do cinema e que são fundamentais para todos os cinéfilos estão no projeto “Clássica”: cópias restauradas em digital (DCP) dos clássicos do cinema internacional ao circuito comercial do país.
Os sete primeiros filmes do catálogo do “Clássica” serão lançados um a um, mensalmente, a partir de julho, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, João Pessoa e Santos. O primeiro lançamento será “O Sétimo Selo”, do diretor sueco Ingmar Bergman, nesta quinta-feira (23) no Itaú Cinemas (Shopping Crystal)
A obra de Bergman, um dos maiores gênios do cinema mundial e o grande nome do cinema escandinavo, traz entre suas principais marcas autorais os questionamentos profundos sobre a fé e a existência de Deus, dramas com fortes raízes nas teorias da psicanálise, e a utilização dos mesmos atores em diferentes obras. O “Sétimo Selo” é seu filme mais icônico e agrupa todas as características que o tornaram célebre. Vencedor do prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1957, com fotografia em preto&branco e marcantes interpretações de Max Von Sydow e Gunnar Björnstrand, mostra o cavaleiro Antonius Block retornando das Cruzadas para uma Suécia devastada pela peste negra e pela Inquisição. Ao seu redor apenas sofrimento e destruição. Em suas andanças, Antonius encontra a morte, que o desafia para uma partida de xadrez.
O “Clássica” também vai apresentar, de Bergman, “Morangos Silvestres” (1957); de Federico Fellini, serão duas obras-primas: “A Doce Vida” (1960) e “8½” (1963); de Pier Paolo Pasolini, “Mamma Roma” (1962); e do diretor alemão Werner Herzog, “Nosferatu - O Vampiro da Noite” (1979) e “Fitzcarraldo” (1982).

Uma parceria entre as empresas FJ Cines e Zeta Filmes

A distribuidora FJ Cines está há mais de 40 anos no mercado cinematográfico, sempre direcionou sua atuação para o cinema independente e principalmente nos clássicos europeus dos anos 1950-70. Também grande exibidora no passado, focou-se nos grandes diretores que o público brasileiro começava a ter acesso durante as poucas mostras e festivais existentes no final dos anos 1970 e início dos 1980 - como Federico Fellini, Visconti, Antonioni, Rossellini, Bertolucci e as grandes comédias de Totó. O cinema alemão dos anos 1970 com Herzog e Fassbinder e a nouvelle vague francesa também foram lançados com enorme sucesso de público e crítica. E grande parte da filmografia do sueco Ingmar Bergman, até então desconhecido no Brasil, foi lançada em cinema primeiramente e depois em DVD e TV. Com a digitalização, a FJ Cines voltou a trazer os clássicos em copias restauradas e a realizar sessões especiais em diversos cinemas do Brasil.
A Zeta Filmes, criada em 1998 em Belo Horizonte, é uma produtora cultural que se dedica a realização de festivais de cinema, mostras, curadorias e exposições audiovisuais. Realiza o Indie Festival há 15 anos em Belo Horizonte e São Paulo, e também o Fluxus Festival que promove exposições de artistas audiovisuais. A Zeta começou a atuar também, nos últimos dois anos, como distribuidora de filmes internacionais independentes no circuito comercial brasileiro. Distribuiu filmes premiados como Ida, ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015; importantes diretores do cinema contemporâneo como Apichatpong Weerasethakul, Danis Tanovic e Tsai Ming Liang; novos diretores como Alex Ross Perry, Denis Côté e Amat Escalante, além de filmes autorais em 3D como “Caverna dos Sonhos Esquecidos”, de Werner Herzog e “Contos da Noite”, de Michel Ocelot.

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