Filmes que marcaram a história do
cinema e que são fundamentais para todos os cinéfilos estão no projeto “Clássica”:
cópias restauradas em digital (DCP) dos clássicos do cinema internacional ao
circuito comercial do país.
Os sete primeiros filmes do catálogo do
“Clássica” serão lançados um a um, mensalmente, a partir de julho, em São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis,
Salvador, Porto Alegre, João Pessoa e Santos. O primeiro lançamento será “O
Sétimo Selo”, do diretor sueco Ingmar Bergman, nesta quinta-feira (23) no Itaú
Cinemas (Shopping Crystal)
A obra de Bergman, um dos maiores
gênios do cinema mundial e o grande nome do cinema escandinavo, traz entre suas
principais marcas autorais os questionamentos profundos sobre a fé e a
existência de Deus, dramas com fortes raízes nas teorias da psicanálise, e a
utilização dos mesmos atores em diferentes obras. O “Sétimo Selo” é seu filme
mais icônico e agrupa todas as características que o tornaram célebre. Vencedor
do prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1957, com fotografia em
preto&branco e marcantes interpretações de Max Von Sydow e Gunnar
Björnstrand, mostra o cavaleiro Antonius Block retornando das Cruzadas para uma
Suécia devastada pela peste negra e pela Inquisição. Ao seu redor apenas
sofrimento e destruição. Em suas andanças, Antonius encontra a morte, que o
desafia para uma partida de xadrez.
O “Clássica” também vai apresentar, de
Bergman, “Morangos Silvestres” (1957); de Federico Fellini, serão duas obras-primas:
“A Doce Vida” (1960) e “8½” (1963); de Pier Paolo Pasolini, “Mamma Roma”
(1962); e do diretor alemão Werner Herzog, “Nosferatu - O Vampiro da Noite”
(1979) e “Fitzcarraldo” (1982).
Uma parceria entre as empresas FJ Cines
e Zeta Filmes
A distribuidora FJ Cines está há mais
de 40 anos no mercado cinematográfico, sempre direcionou sua atuação para o
cinema independente e principalmente nos clássicos europeus dos anos 1950-70.
Também grande exibidora no passado, focou-se nos grandes diretores que o
público brasileiro começava a ter acesso durante as poucas mostras e festivais
existentes no final dos anos 1970 e início dos 1980 - como Federico Fellini,
Visconti, Antonioni, Rossellini, Bertolucci e as grandes comédias de Totó. O
cinema alemão dos anos 1970 com Herzog e Fassbinder e a nouvelle vague francesa
também foram lançados com enorme sucesso de público e crítica. E grande parte
da filmografia do sueco Ingmar Bergman, até então desconhecido no Brasil, foi
lançada em cinema primeiramente e depois em DVD e TV. Com a digitalização, a FJ
Cines voltou a trazer os clássicos em copias restauradas e a realizar sessões
especiais em diversos cinemas do Brasil.
A Zeta Filmes, criada em 1998 em Belo
Horizonte, é uma produtora cultural que se dedica a realização de festivais de
cinema, mostras, curadorias e exposições audiovisuais. Realiza o Indie Festival
há 15 anos em Belo Horizonte e São Paulo, e também o Fluxus Festival que
promove exposições de artistas audiovisuais. A Zeta começou a atuar também, nos
últimos dois anos, como distribuidora de filmes internacionais independentes no
circuito comercial brasileiro. Distribuiu filmes premiados como Ida, ganhador
do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015; importantes diretores do cinema
contemporâneo como Apichatpong Weerasethakul, Danis Tanovic e Tsai Ming Liang;
novos diretores como Alex Ross Perry, Denis Côté e Amat Escalante, além de
filmes autorais em 3D como “Caverna dos Sonhos Esquecidos”, de Werner Herzog e “Contos
da Noite”, de Michel Ocelot.
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