Novas exposições ocupam as salas do
Museu da Gravura Cidade de Curitiba, no Solar do Barão, a partir desta
quinta-feira (16). Serão inauguradas três mostras individuais de artistas
paranaenses consagrados – Luiz Carlos Rettamozo, Key Imaguire Jr e Maria Lúcia
de Júlio –, uma mostra de acervo reunindo obras de Renina Katz, e uma coletiva
de sete artistas que respondem à indagação “O céu é o limite?” por meio de
fotografias, objetos, instalações, performances e videoarte. A inauguração será
às 19h e as exposições permanecem em cartaz até 13 de setembro.
Produção multimídia – Na exposição
“Quem tem Q.I. vai (Solda e Leminski)”, o artista multimídia Luiz Rettamozo
apresenta um recorte da sua produção abrangendo diversas fases. O recorte foca
dois dos seus principais instrumentos - o fator performático e o fator gráfico
numa variedade de manifestações em que o texto poético está presente com muita
potência e humor. Essa combinação de fatores fez de Rettamozo um dos artistas
precursores do perfil bem contemporâneo do artista polivalente, que atua em
várias linguagens simultaneamente. Isso também teve como consequencia as
diversas parcerias com artistas importantes que atuam ou atuaram dentro de
outras linguagens, como Solda e Paulo Leminski.
Registro histórico – O artista gráfico
Key Imaguire Junior apresenta uma série de fotografias dos Encontros de Arte
Moderna da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Sua preocupação não foi
realizar um registro oficial do evento, e sim seguir com liberdade algumas
situações de seu interesse, captando momentos e criando novas situações
especialmente preparadas para a sua câmera. A participação dele nesses
encontros ultrapassa sua interação no tempo real das ações, e traz a carga
poética de seu olhar para o presente.
Os Encontros de Arte Moderna eram
eventos abrangentes com diversas atividades que aconteciam em vários espaços da
cidade, inclusive na própria EMBAP. As atividades eram propostas por artistas
de várias localidades brasileiras e desenvolvidas coletivamente por um público
formado por estudantes de diferentes cursos universitários. Promovidos
anualmente, os encontros eram organizados pelo diretório acadêmico e a
curadoria era da crítica de arte Adalice Araújo, então professora de História
da Arte da escola. As imagens desta exposição foram captadas em pelo menos dois
encontros, entre 1971 e 1973, e registram personagens e atividades
desenvolvidas nos canteiros de obras do Centro Politécnico e da Rodoferroviária
de Curitiba.
Ruas da cidade – A artista plástica
Maria Lúcia de Júlio apresenta a exposição “Comprováveis”, que traz uma série
de fotografias das ruas de Curitiba, assim como litografias e gravuras em
metal. A artista propõe um jogo de identificação. A ideia é descobrir as ruas
de Curitiba a partir da troca dos nomes das ruas centrais da cidade por outras
ruas da periferia.
Para elaborar a proposta, a artista
selecionou algumas ruas mais famosas, mais cuidadas e bonitas da cidade. Para
fazer o contraponto também foram escolhidas ruas da periferia de Curitiba. O
objetivo da seleçāo constrói uma noçāo de alteridade e sintetiza dois mundos
diferentes em um breve espaço de tempo.
O céu é o limite? – Sete artistas de
Curitiba, Florianópolis, Joinville e São Paulo respondem a essa indagação por
meio de instalações, fotografias, performance, videoarte, objetos, numa
profusão de signos que dialogam com a questão existencial. Os limites entre céu
e terra possibilitam inúmeras leituras ressignificadas. Eles ainda questionam:
Seria essa a função da arte na odisseia contemporânea? Os artista participantes
são Cyntia Werner, Franzoi, Isabelle Mesquita, Karina Zen, Priscila dos Anjos,
Sérgio Ariano H. e TiroTTi. Os artistas programaram para o dia 13 de setembro,
às 15h, um bate-papo com o público. Depois, na presença do público, eles farão
a desmontagem da exposição.
Passagem de Tom – Esse é o título da
exposição de obras da artista plástica Renina Katz que pertencem ao acervo do
Museu da Gravura. Elas foram reunidas por Priscila Jacewicz e evidenciam a
profunda pesquisa da artista no que se refere à busca por tons e semitons,
planos, simetrias e assimetrias, revelando sua intensa musicalidade
interior.
Artista que se destaca entre os
principais gravuristas brasileiros, Renina Katz é uma das cofundadoras do Museu
da Gravura Cidade de Curitiba (MGCC), vinculado à Fundação Cultural de
Curitiba. As obras apresentadas foram produzidas entre as décadas de 1980 e
1990. São litografias e gravuras em metal doadas à instituição ao longo dos
muitos anos nos quais a artista contribuiu com seu conhecimento e sua arte para
a formação do museu.
O Museu da Gravura Cidade de Curitiba está
situado no Solar do Barão (rua Carlos Cavalcanti, 533, Centro) e as exposições
podem ser visitadas até dia 13 de setembro, de terça a sexta-feira, das 9h às
12h e das 13h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h, com entrada
franca. Mais informações: 3321-3269.
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