quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Curupira encerra temporada do II Festival de Teatro Infantil

Habitante das florestas, protetor de sua flora e fauna contra os caçadores, o menino ruivo, com os pés ao avesso e calcanhares para frente, o Curupira encerra neste final de semana a temporada 2015 do “II Festival de Teatro Infantil – Brinque, Lendas Brasileiras”, que fez sua estreia em março em Curitiba. Com realização do Ministério da Cultura, apresentação da Montenegro Produções Culturais e apoio do Hospital Pequeno Príncipe, a lenda ganha uma versão inédita com o espetáculo “Uma História do Curupira”, através da Mataveri Produções Culturais e Cia Pé no Palco. As apresentações do musical infantil acontecem neste sábado e domingo, dias 29 e 30 de agosto, no Teatro Bom Jesus (rua 24 de Maio, 135), às 16h. Toda a renda da bilheteria será doada ao Hospital Pequeno Príncipe.
A montagem, que leva Fátima Ortiz e Rosy Greca ao mesmo palco após um hiato de dez anos, visita os principais contos lendários da Amazônia, resgata a contação de histórias, prima pela linguagem simples e brinca com o público. O enredo envolve as pessoas e aguça o pensar e a conscientização sobre o futuro do meio ambiente. Enquanto semeia flores para alegrar a natureza, Curupira surpreende os atores com suas peraltices. “É uma grande honra encerrar o festival com Fátima e Rosy dividindo o mesmo palco. O resultado mostra o quanto as equipes de produção e criação artística estão integradas no propósito maior desse projeto, em formar platéias mais críticas e conscientes do seu papel na sociedade", destaca Carolina Montenegro, diretora da Montenegro Produções Culturais.
A segunda edição do “Festival Brinque – Lendas Brasileiras” contou com seis montagens inéditas e reuniu um público estimado em mais de 5 mil pessoas. Contações de histórias e apresentações exclusivas aos alunos da Associação Eunice Weaver também integraram a programação do projeto, que retorna em 2016 com o “II Festival de Teatro Infantil – Era uma Vez…Eram duas…Eram três”.

A lenda - O Curupira é uma lenda amazônica, que  revela a relação dos índios brasileiros com a natureza, indicando que  não é uma relação de exploração, de uso indiscriminado dos  recursos naturais, mas de respeito pela vida. Ele é  o protetor daqueles que sabem se relacionar com a natureza, utilizando-a apenas para a sua sobrevivência.
Reza a lenda, que o homem que derruba árvores para construir sua casa e seus utensílios, ou ainda, para fazer o seu roçado e caçar apenas para alimentar-se, tem a proteção do Curupira. Mas aqueles que derrubam a mata sem necessidade, os que caçam indiscriminadamente, estes têm no Curupira um terrível inimigo e acabam caindo em suas armadilhas.
Curupira é o guardião das florestas e dos animais. Possui traços de índio, cabelo de fogo e os pés virados para trás. Dizem que possui o dom de ficar invisível. Para se vingar dos predadores  o Curupira se transforma em caça.
Pode ser uma paca, onça ou qualquer outro bicho que atraia os caçadores para o meio da floresta, fazendo-o perder a noção de seu rumo e ficar dando voltas no mato, retornando sempre ao mesmo lugar.  Outra forma de atingir os maus caçadores é fazendo com que sua arma não funcione ou fique incapaz de acertar qualquer tipo de alvo, principalmente a caça.

Livre para todas as idades, “Uma História do Curupira” tem ingressos custando R$ 16,00 (inteira) e R$ 11,00 (meia). Mais informações: 3315-0808 / 2105-4034 ou www.diskingressos.com.br.

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