Habitante das florestas, protetor de
sua flora e fauna contra os caçadores, o menino ruivo, com os pés ao avesso e
calcanhares para frente, o Curupira encerra neste final de semana a temporada
2015 do “II Festival de Teatro Infantil – Brinque, Lendas Brasileiras”, que fez
sua estreia em março em Curitiba. Com realização do Ministério da Cultura,
apresentação da Montenegro Produções Culturais e apoio do Hospital Pequeno
Príncipe, a lenda ganha uma versão inédita com o espetáculo “Uma História do
Curupira”, através da Mataveri Produções Culturais e Cia Pé no Palco. As
apresentações do musical infantil acontecem neste sábado e domingo, dias 29 e
30 de agosto, no Teatro Bom Jesus (rua 24 de Maio, 135), às 16h. Toda a renda
da bilheteria será doada ao Hospital Pequeno Príncipe.
A montagem, que leva Fátima Ortiz e
Rosy Greca ao mesmo palco após um hiato de dez anos, visita os principais
contos lendários da Amazônia, resgata a contação de histórias, prima pela
linguagem simples e brinca com o público. O enredo envolve as pessoas e aguça o
pensar e a conscientização sobre o futuro do meio ambiente. Enquanto semeia
flores para alegrar a natureza, Curupira surpreende os atores com suas
peraltices. “É uma grande honra encerrar o festival com Fátima e Rosy dividindo
o mesmo palco. O resultado mostra o quanto as equipes de produção e criação
artística estão integradas no propósito maior desse projeto, em formar platéias
mais críticas e conscientes do seu papel na sociedade", destaca Carolina
Montenegro, diretora da Montenegro Produções Culturais.
A segunda edição do “Festival Brinque –
Lendas Brasileiras” contou com seis montagens inéditas e reuniu um público
estimado em mais de 5 mil pessoas. Contações de histórias e apresentações
exclusivas aos alunos da Associação Eunice Weaver também integraram a
programação do projeto, que retorna em 2016 com o “II Festival de Teatro
Infantil – Era uma Vez…Eram duas…Eram três”.
A lenda - O Curupira é uma lenda
amazônica, que revela a relação dos
índios brasileiros com a natureza, indicando que não é uma relação de exploração, de uso
indiscriminado dos recursos naturais, mas
de respeito pela vida. Ele é o protetor
daqueles que sabem se relacionar com a natureza, utilizando-a apenas para a sua
sobrevivência.
Reza a lenda, que o homem que derruba
árvores para construir sua casa e seus utensílios, ou ainda, para fazer o seu
roçado e caçar apenas para alimentar-se, tem a proteção do Curupira. Mas
aqueles que derrubam a mata sem necessidade, os que caçam indiscriminadamente,
estes têm no Curupira um terrível inimigo e acabam caindo em suas armadilhas.
Curupira é o guardião das florestas e
dos animais. Possui traços de índio, cabelo de fogo e os pés virados para trás.
Dizem que possui o dom de ficar invisível. Para se vingar dos predadores o Curupira se transforma em caça.
Pode ser uma paca, onça ou qualquer
outro bicho que atraia os caçadores para o meio da floresta, fazendo-o perder a
noção de seu rumo e ficar dando voltas no mato, retornando sempre ao mesmo
lugar. Outra forma de atingir os maus
caçadores é fazendo com que sua arma não funcione ou fique incapaz de acertar
qualquer tipo de alvo, principalmente a caça.
Livre para todas as idades, “Uma
História do Curupira” tem ingressos custando R$ 16,00 (inteira) e R$ 11,00
(meia). Mais informações: 3315-0808 / 2105-4034 ou www.diskingressos.com.br.
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