A série de fotografias intitulada
“Incidente Luminoso”, de Juliana Gisi, está em cartaz na galeria Diretriz Arte
Contemporânea, no Shopping Pátio Batel / Piso L3, até o dia 14 de julho. Na
obra, a fotógrafa explora técnicas de registro da luz e a capacidade de
captá-la a partir da longa exposição. São imagens feitas durante o entardecer,
naquele momento chamado de lusco-fusco.
“O registro que vemos não é a captura
de uma cena, mas do seu estado quando registrada no tempo de duração da
exposição, por uma câmera fotográfica, ao entardecer, como uma experimentação
da captura do modelado da luz”, descreve a fotógrafa.
A série de Juliana faz parte da mostra
Intensidades Sensíveis, que também traz a arte de Daniel Duda, Lailana Krinski
e Samuel Dickow. Cada um a sua maneira, os artistas abordam a temática da
imagem na atualidade. Na visão da curadora, Ana Rocha, os trabalhos remetem a
questões apontadas nas obras homônimas Etant Donné de Marcel Duchamp e Lygia
Pape.
Sobre os Étant Donné - A obra Étant
Donné de Duchamp, feita entre 1946 e 1966, é uma instalação em que o espectador
se vê diante de uma porta rústica e é convidado a olhar por uma fenda na porta.
O que se vê: parte de um corpo nu deitado sobre a grama, sua mão segurando um
lampião. Ao fundo, vê-se uma paisagem e uma cachoeira, que volta e meia brilha.
Já o Étant Donné de Lygia Pape (1999), cujo título vem acrescido de um ponto de
interrogação, é uma releitura da obra de Duchamp. Neste, a artista inclui o seu
rosto numa colagem digital que completa a imagem do corpo visto através da
fenda da porta no original.
Sobre Juliana Gisi - Juliana Gisi atua
como artista há mais de 17 anos, quando concluiu o Curso Superior de Pintura
pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. É especialista em História da
Arte do Século XX, mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do
Paraná e doutora em Artes Visuais, linha de História, Teoria e Crítica de Arte,
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 2015 publicou o livro 60/70:
as fotografias, os artistas e seus discursos, elaborado a partir de sua tese de
doutorado, como resultado do XIV Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Funarte.
Atualmente é professora da Universidade Federal do Paraná.
Sobre a Diretriz Arte Contemporânea - Inaugurada
em dezembro de 2015, pela galerista Zuleika Bisacchi, a Diretriz Arte
Contemporânea realiza um trabalho de responsabilidade, critério, coerência,
integridade e respeito aos artistas e ao público apreciador das artes, em suas
diversas linguagens. Trata-se de um espaço de contemplação e cultura, onde o
investidor tem a oportunidade de apreciar e adquirir obras de artistas já
consagrados, assim como daqueles que estão despontando no meio.
A exposição “Intensidades Sensíveis”
pode ser visitada de segunda a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 14h às 20h,
com entrada franca. Mais informações: http://www.artediretriz.com.br.
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