quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Apresentação da Camerata Antiqua de Curitiba é atração da II Bienal Música Hoje

A Camerata Antiqua de Curitiba é um dos destaques da II Bienal Música Hoje, festival internacional de música contemporânea que acontece em Curitiba, estabelecendo um diálogo entre a produção musical brasileira e o que de melhor se tem produzido em todo o mundo, nessa área. As apresentações acontecem na Capela Santa Maria Espaço Cultural, às 20h de sexta-feira (23) e às 18h30 de sábado (24), sob a regência do maestro e compositor carioca João Guilherme Ripper.
O espetáculo tem início com a obra inédita "Missa Brevis" (2013), encomendada pela Camerata Antiqua ao também carioca Marcos Balter (1974), compositor residente da II Bienal Música Hoje e diretor do curso de Composição Musical na Collumbia College Chicago (EUA). Na sequência, "Noturno de Neon", composta em 1982 por Maurício Dottori (1960), e a estreia de "Resurrexi, ad Vigiliam et Missam Paschalem", do compositor gaúcho Márcio Steuernagel (1982).
A segunda parte do programa reúne obras de João Guilherme Ripper (1959), com a estreia curitibana de "From My Window nº2", escrita durante o período em que Ripper atuou como compositor residente na Kean University, em New Jersey (EUA / 2011 – 2012). Para encerrar, "Magnificat", que Ripper compôs em 2004 para os 30 anos da Camerata Antiqua de Curitiba. A execução de músicas novas, algumas delas especialmente criadas para a Camerata Antiqua de Curitiba, reafirma a proposta do grupo de estimular os grandes talentos musicais.
 “É a renovação contínua da Camerata Antiqua de Curitiba, um dos conjuntos de câmara mais importantes do Brasil. A preocupação do grupo em mostrar composições inéditas, além de ter obras especialmente compostas para sua formação, insere Curitiba no dinâmico processo de criação artística”, enfatiza Marcos Cordiolli, presidente da Fundação Cultural de Curitiba.

Palestra – O concerto da Camerata Antiqua – que integra a temporada 2013 de espetáculos do grupo curitibano, patrocinada pelo Ministério da Cultura e pela Volvo – conta com palestra de Márcio Steuernagel, antecedendo as duas apresentações (às 19h15 de sexta-feira e às 17h45 de sábado). A iniciativa dessa conversa com o público, que será desenvolvida ao longo do ano, nos encontros da Camerata Antiqua e seus grupos – Coro e Orquestra – tem por objetivo tornar mais acessível a produção de grandes compositores, intensificando a apreciação musical.
Nada mais adequado que a palestra do concerto deste fim de semana esteja a cargo de Márcio Steuernagel, que estreia uma de suas obras na ocasião. Gaúcho de nascimento, o compositor é mestre em Música pela Universidade Federal do Paraná – UFPR, graduado em Composição e Regência pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná – Embap (2005) e em Música Produção Sonora pela UFPR (2009). Apesar de muito jovem (nasceu em 1982), Steuernagel exibe um currículo com importantes premiações e atuações em eventos nacionais e internacionais.
Integrando a direção da II Bienal Música Hoje, atualmente Steuernagel comanda o Madrigal Ars Iubilorum, é coordenador do Núcleo de Compositores da Comunidade do Redentor, professor na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), maestro assistente de Orquestra Sinfônica do Paraná e regente da Orquestra Filarmônica da UFPR.

Compositor e maestro – O espetáculo da Camerata Antiqua de Curitiba, na programação da II Bienal Música Hoje, estará sob a batuta do compositor e regente João Guilherme Ripper (Rio de Janeiro, 1959). Doutor pela The Catholic University of America, em Washington (UEA), Ripper é professor na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mesma instituição na qual obteve o título de mestre em Composição.
Com diversas premiações em seu extenso currículo, entre elas o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte, em 2000, por sua ópera “Domitila”, o músico colabora com as principais orquestras brasileiras, escreveu para a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) Desenredo, em 2008, e Cinco Poemas de Vinícius de Moraes, que estreou em maio de 2013.
A ópera Piedade, encomendada a Ripper pela Orquestra Petrobras Sinfônica, foi encenada em abril de 2012 e escolhida pelo jornal O Globo como um dos destaques da programação do ano, no Rio de Janeiro. Em outubro do ano passado, estreou a nova versão da ópera Anjo Negro, sobre peça homônima de Nelson Rodrigues. Ripper é membro da Academia Brasileira de Música e diretor da Sala Cecília Meireles, espaço da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. Sua gestão tem sido marcada pela qualidade e diversidade da programação, encomenda de novas obras, além da ampla reforma atualmente em curso.

A Bienal – Promovida graças à parceria entre o Centro Cultural Teatro Guaíra, Universidade Federal do Paraná e Fundação Cultural de Curitiba, a Bienal Música Hoje reafirma Curitiba como importante centro de movimentação de arte e música nova, pois reúne expressivo número de compositores em atividade, o que estimula a criação de eventos voltados à música.
Seguindo o perfil estabelecido em sua estreia, em 2011, a Bienal Música Hoje tem como foco o diálogo entre a produção musical de Curitiba e do Brasil e o que melhor se tem feito na música nova internacionalmente. De 19 a 25 de agosto, a segunda edição da Bienal promove o encontro entre grupos estabelecidos em outros países e compositores brasileiros, intérpretes locais e estéticas novas, intensificando a permeabilidade na criação musical, característica marcante da música contemporânea.
A Bienal Música Hoje é dirigida pelo Ensemble entreCompositores, fundado em Curitiba, em 2002, e voltado à criação, promoção e difusão de música nova. Formam o grupo Márcio Steuernagel, Fernando Riederer, Lucas Fruhauf, Luiz Malucelli e Vinicius Giusti. O evento tem a participação das principais instituições artísticas de Curitiba, com diversos concertos, entre eles o da Orquestra Sinfônica do Paraná, que realiza no domingo (25) a etapa final de seu II Concurso Nacional de Composição Música Hoje, executando as três obras finalistas, mais Cartas Celestes Nº 8 para Violino e Orquestra, de Almeida Prado.


Os ingressos para esta apresentação da Camerata Antiqua de Curitiba custam R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia-entrada). Para saber mais sobre a programação da bienal, acesse http://www.bienalmusicahoje.com/links/programacao.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário