terça-feira, 19 de novembro de 2013

Museu Oscar Niemeyer recebe a mais completa mostra dedicada à obra de Beatriz Milhazes

O Museu Oscar Niemeyer (MON) abre na quinta-feira (21), às 19 horas, nas salas 1 e 2, a exposição “Meu Bem”, de Beatriz Milhazes. Com curadoria do crítico francês Frédéric Paul, a mostra apresentará alguns dos trabalhos mais marcantes da artista desde o final dos anos 1980, provenientes de diversas coleções públicas e particulares, do Brasil e do exterior. A exposição fica no MON até dia 23 de fevereiro de 2014.  As últimas grandes exposições institucionais de Beatriz Milhazes no Brasil aconteceram em 2002 (CCBB-RJ) e 2008 (Pinacoteca do Estado-SP).
“Meu Bem” é considerada a mais abrangente mostra panorâmica de Beatriz. É uma oportunidade única de rever obras históricas, conhecer os últimos desdobramentos de sua produção e identificar neste vasto conjunto alguns dos fios condutores, procedimentos e estratégias compositivas que a tornaram um dos grandes destaques da arte contemporânea no mundo neste início do século XXI.

Beatriz Milhazes - A artista plástica participou, ao longo dos últimos anos, de diversas bienais, como as de Veneza e de São Paulo, e realizou 30 individuais em 11 países, com destaque para as da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) e da Fondation Cartier (Paris), além de dezenas de coletivas, entre elas a mostra The Encounters in the 21st Century: Polyphony - Emerging Resonances, no 21st Century Museum of Contemporary Art (Kanazawa, Japão).
É possível apontar como aspectos mais evidentes de sua obra a intensa relação com a arte popular brasileira, o diálogo com segmentos de arte aplicada, entre eles o artesanato e o bordado, bem como uma proximidade fértil com três momentos importantes da história da arte brasileira: o barroco, a antropofagia e o tropicalismo.
São também aspectos centrais da obra de Beatriz Milhazes a organicidade das formas e o intenso jogo cromático, que estabelecem uma relação de complementaridade e contraste com uma estrutura compositiva cada vez mais rigorosa. “Ela reivindica laços fortes com a modernidade europeia e está em pé de igualdade na cena contemporânea, na qual abala os códigos muitas vezes pouco sábios da abstração”, sintetiza o curador Frédéric Paul.

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