A
história da formação territorial do Paraná pode ser conhecida no Centro de
Informação, Memória e Pesquisa (CIMP), mantido pelo Instituto de Terras,
Cartografia e Geociências (ITCG), órgão vinculado à secretaria estadual do Meio
Ambiente. Foto: Divulgação ITCG A história da formação territorial do Paraná
pode ser conhecida no Centro de Informação, Memória e Pesquisa (CIMP), mantido
pelo Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG), órgão vinculado à
secretaria estadual do Meio Ambiente. O local conta com um rico e extenso acervo
sobre o passado agrário, fundiário, cartográfico e documental, que retrata as
mudanças e o desenvolvimento do Estado nessa área e que permite entender o
Paraná atualmente.
“É possível encontrar no Centro uma
coletânea de mapas dos séculos XIX e XX que ninguém mais tem, cartas municipais
da década de 50, equipamentos antigos usados por topógrafos em campo e uma
biblioteca especializada em regularização fundiária e cartográfica”, destaca
Eleonora da Silva Collin, coordenadora do Centro de Informação, Memória e
Pesquisa.
Ela explica que, por meio do trabalho
de identificação e classificação de bens culturais e catalogação do acervo
cartográfico, o Centro tem preservado essa memória do Estado. “O material que
temos aqui é raro e exclusivo, não existe em nenhum outro lugar”, ressalta
Eleonora.
A diretora explica ainda que o acervo
cartográfico e de equipamentos é muito rico. “Ainda é possível encontrar a
coleção completa de mapas e elementos geográficos do engenheiro Francisco
Beltrão, um dos pioneiros desse tipo de estudo no Paraná e que ajudou a formar
o território paranaense”, disse. A coleção ainda não está disponível ao
público, pois se encontra em fase de digitalização.
EVOLUÇÃO – O Centro de Informação,
Memória e Pesquisa também mostra como o trabalho com dados e informações
geográficas era realizado antigamente.
Uma exposição de equipamentos usados em
campo na cartografia permite conhecer um telurômetro, utilizado na década de 70
para determinar distâncias entre dois pontos através de sinais de micro-ondas.
O instrumento era utilizado em pares e trazia uma dificuldade – o peso, de seis
quilos, complicava o seu transporte até o local de medição, geralmente em cima
de morros.
A partir dos anos 80, surgiram outros
equipamentos para desenvolver o mesmo trabalho. O primeiro e mais importante é
o norte-americano GNSS ("Global Navigation Satellite System"), com
tecnologia de navegação por satélite, que determina as coordenadas geodésicas e
que engloba o GPS ("Global Positioning System"). Outros sistemas usados
para o meso fim são o sistema europeu Galileo, o russo Glonass e o chinês
Beidou, atualmente restrito à Ásia.
“O Centro de Memória é fundamental não
só para o ITCG, mas para a história do Estado”, reforça o diretor-presidente do
Instituto, Amilcar Cavalcante Cabral. Ele acredita que "é muito importante
preservar esta história para que as gerações futuras possam ver a bela
trajetória do Paraná".
O Centro de Informação, Memória e
Pesquisa está aberto a todos os interessados em fazer pesquisas e visitas. Funciona
das 9h às 11h30 e das 14h às 17h30, de segunda a sexta-feira, na Rua
Desembargador Motta, 3384, bairro Mêrces, em Curitiba. Mais informações e
agendamento pelos telefones 3304-7011 e 3304 -7065.
Nenhum comentário:
Postar um comentário