segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Bienal Internacional leva poesia aos ônibus

Sem o formalismo de um espaço destinado oficialmente para a arte, onde o público já espera receber alguma dose de cultura, ônibus urbanos de Curitiba estão se transformando em palcos para disseminação da literatura. Até 1° de dezembro, passageiros de diversas linhas serão surpreendidos por mediadores que fazem leituras de poemas nos ônibus, quebrando a rotina e aproximando a poesia da matéria que a faz existir: a vida cotidiana.
A iniciativa faz parte do segmento de Literatura da Bienal Internacional de Curitiba. A idéia é mesmo causar impacto no público, que em geral nada espera durante uma viagem de ônibus. Até que alguém, um mediador, anônimo como qualquer outro que compartilha daquele ônibus em trajetos de rotina, quebra o silêncio e, em voz alta, sem prévio aviso, começa a ler uma frase, um verso ou uma poesia completa. Não importa se há quem preste atenção ou quais as reações, que são as mais diversas, a leitura acontece e a cultura se democratiza.
A proposta é do curador Ricardo Corona, responsável pelos trabalhos de literatura da bienal. Para nortear a ação, Corona organizou uma antologia de poemas chamada "Fantasma Civil". A coletânea reúne 42 poesias de 42 escritores. Os autores selecionados são curitibanos ou têm alguma relação com a cidade, como Paulo Leminski, Helena Kolody, Marcos Prado, Zeca Correia Leite e outros.
O lançamento da antologia "Fantasma Civil", que reúne as 42 poesias narradas pelos ônibus aconteceu no Palacete Wolff. Junto de imagens de Curitiba, as poesias são apresentadas soltas em uma caixa e após o lançamento serão distribuídas gratuitamente nas Tubotecas. O curador de Literatura da Bienal, Ricardo Corona, e alguns autores das poesias realizam nesta terça (22) um bate-papo com o público na Livraria da Vila, no Shopping Pátio Batel.
Mais informações sobre a programação de literatura e da bienal podem ser obtidas no site www.bienaldecuritiba.com.br.

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