segunda-feira, 14 de outubro de 2013

“Tapeart” inaugura ações da Corrente Cultural 2013

A cidade começa a se preparar para a Corrente Cultural 2013, que acontece entre os dias 3 e 10 de novembro. Uma das primeiras atrações é o trabalho que o grafiteiro e artista urbano Michael Devis começou a desenvolver nesta semana, fazendo uso de uma nova técnica de arte urbana, a tapeart, e tendo como suporte a estrutura envidraçada das estações-tubo do sistema de transporte coletivo de Curitiba.
Dez estações-tubo do centro da cidade receberão os desenhos em grandes dimensões feitos com um tipo de fita adesiva colorida. Elas estão em pontos das praças Rui Barbosa, Osório, Eufrásio Correia, Carlos Gomes, Tiradentes, Terminal Guadalupe, Círculo Militar, Praça da Ucrânia, Jardim Botânico e Bairro Novo.
A ação conta com o patrocínio da empresa fabricante do material – TESA, que forneceu as fitas e pagou o cachê do artista. “Essa parceria é muito interessante, pois leva a arte para as ruas e ao mesmo tempo possibilita uma renovação do espaço urbano, sem custos para a cidade”, diz o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli.
A iniciativa é pioneira no país. Michael Devis conheceu a nova técnica, já desenvolvida na Europa e nos Estados Unidos, pela internet. Pesquisou, aprofundou-se no tema e agora apresenta a proposta inédita na Corrente Cultural 2013. “A receptividade tem sido muito boa. Não só dos passageiros que acompanham a realização do trabalho nos pontos de ônibus, mas também dos internautas nas redes sociais. Todo mundo está comentando”, comemora Michael.
Segundo o artista, assim como é fácil trabalhar com as fitas adesivas, aliando apenas noções básicas de desenho, também não é difícil removê-las. Mas Michael Devis não tem a preocupação em manter os desenhos preservados e livres da ação do tempo. “Assim como a rotina na vida das pessoas vai se alterando, a arte no espaço urbano também muda continuamente. Ela tem o seu tempo”, afirma o grafiteiro, cujo talento é reconhecido em todo o país. Os desenhos aplicados nas estações-tubo são reproduções de grafites já executados por Michael Devis e que agora foram transportados para a linguagem da tapeart.
Além das estações-tubo, um outro espaço também servirá de suporte para as obras em fitas adesivas coloridas. Mas o endereço, por enquanto, não será divulgado. Fica reservada essa surpresa para o público da Corrente Cultural.

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