terça-feira, 29 de outubro de 2013

Últimos dias para conferir a exposição internacional ZERO

A mostra ZERO fica em exposição até o próximo domingo, dia 3 de novembro, no Olho do Museu Oscar Niemeyer (MON). Com curadoria de Heike van den Valentyn, a exposição, inédita no Brasil, traz uma visão geral com enfoque temático dessa vanguarda internacional que, no período pós-guerra (final da década de 1950 e início da década de 1960) revolucionou a arte com pinturas seriais e vibrantes estruturas luminosas.
São 24 obras de artistas da Europa e da América do Sul que revelam os modernos modos de pensamento e de trabalho da ZERO. O enfoque se dá nas relações entre artistas europeus, como Yves Klein, Günther Uecker, Otto Piene e Hans Haacke, e sul-americanos, como Lucio Fontana, Almir Mavignier e Jesús Rafael Soto. O diálogo artístico da exposição ZERO é ampliado ainda com as obras de Hércules Barsotti, Lygia Clark e Abraham Palatnik (todos do Brasil) e Gego (Venezuela), assim como Gyula Kosice (Argentina). “A exposição reflete a mútua tomada de influências de artistas de ambos os continentes e amplia esse diálogo em torno de abordagens sul-americanas selecionadas que se aproximam formalmente do grupo ZERO”, aponta a curadora Heike van den Valentyn.
A exposição segue depois para a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre (de dezembro de 2013 a março de 2014), e depois para a Pinacoteca do Estado de São Paulo (de abril a junho de 2014).

Grupo ZERO - Nos anos 1950, um grupo de artistas alemães tentou criar um novo conceito artístico ao proclamar o nascimento da arte do pós-guerra no país europeu. Em praticamente uma década, o grupo se transformou em um dos mais conceituados movimentos de vanguarda do século 20. Otto Piene, Heinz Mack e Günther Uecker foram os nomes que marcaram o início desta nova vanguarda.
ZERO designou um novo começo em termos históricos e artísticos por ter deixado princípios da arte para trás. Em 1950, na sequência de experiências opressivas da guerra e em distinção do expressionismo abstrato europeu de pintura gestual, o informalismo, ZERO elaborou conscientemente uma linguagem monocromática pictórica repleta de luz.
Desde o início, o grupo ZERO foi concebido como rede internacional. A superação de fronteiras, tanto nacionais quanto artísticas, teve importância central em uma Europa marcada pela guerra.

Visita mediada e dança - A exposição terá no seu dia de encerramento, neste domingo, duas ações: apresentação de dança com o grupo de balé do Teatro Guaíra: “Suporte para Violetas” às 15h, e uma visita mediada pela exposição com Fabricio Vaz Nunes, professor de História da Arte na Escola de Belas Artes e Músicas do Paraná (EMBAP) e mestre em História da Arte pela Unicamp, às 16h30.


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