(Reuters) - O artista colombiano
Fernando Botero exibe seu encantamento pelo circo, revivendo a magia que sentiu
quando menino, no seu novo livro, "Circo: Pinturas e Obras sobre
Papel".
Botero, conhecido pelas figuras
gordinhas que pinta, incluiu em seu livro 137 pinturas, 31 desenhos e 22
aquarelas feitas em 2007 e 2008, retratando um mundo mágico onde realidade e
fantasia se misturam.
"O circo permite que se seja
lógico e irreal ao mesmo tempo", disse Botero, de 81 anos, numa entrevista
em Nova York.
"No circo tudo é possível, pode haver um homem de duas cabeças, ou um
personagem de rosto verde".
Um filhote de leão sorri satisfeito em
uma pintura. Em outra obra, um macaco ereto, de terno xadrez verde, segura um
cigarro e parece absorto em pensamentos.
Em alguns, os animais parecem muito
maiores do que as pessoas - sempre robustas, um estilo que contribuiu para
fazer de Botero um dos mais famosos artistas latino-americanos vivos.
Ele diz que o apelo da obra se deve ao
fato de que "o circo é um tema global". "Ele existe em todas as
partes do mundo, talvez não na África, mas existe na Ásia em todas as partes.
Na América Latina é difícil encontrar uma pessoa que não tenha ido ao
circo".
Botero se apaixonou por essa forma de
arte quando, numa infância pobre, ir ao circo era um evento importante.
"Tudo parecia gigante. Havia
alguns cachorros muito grandes (...), eles pareciam enormes ursos",
lembra-se. "O circo deixa uma doce lembrança".

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