O hall do Conservatório de MPB de
Curitiba abriga nesta quarta-feira (24), às 18h30, o lançamento do livro de
poesias “Sempres”, de Joaquim Simões Ribeiro. O encontro literário completa-se
com show musical da dupla que o autor forma com Zezé Chagas, interpretando
canções autorais inspiradas no cotidiano, do qual os músicos recolhem a poesia
escondida. Zezé Chagas e Simões cantam juntos, sendo que Simões toca violão e
viola caipira, enquanto Zezé Chagas faz os efeitos de percussão. A entrada é
franca.
O livro revela o dia a dia veloz e
implacável da vida comum. As alegrias e tristezas, sonhos e frustrações,
esperanças e desesperos, trabalho, religião, crença, vícios e virtudes. A obra
trata dos relacionamentos das pessoas, do papel de cada um na trama da vida,
usando quase prosa, quase verso. Crônicas em forma de poesias e vice-versa.
Os poemas têm como pano de fundo a
Serra da Mantiqueira, berço de origem cultural do autor. Sobre isso, diz
Joaquim: “Ainda trago de cor seus pios, vozes e ruídos, seu misterioso tropel:
o céu. Mas os poemas não ficam só ali.
Neles, horizontes se erguem em desafio, estradas se abrem e se bifurcam para,
como diz Hélio Leites, na primeira distração saírem por aí, vestidos de
palavras”.
Joaquim Simões Ribeiro estudou
Filosofia, Sociologia e Teologia. Foi revisor de jornais, repórter e
resenhista, mas sua inclinação musical o levou além. Cantador, tocador e
compositor, também é pesquisador da cultura popular. Gravou, com Zezé Chagas,
os discos “Barragem”, “Nas Asas da Cantoria”, “Fábrica de Mágicas”, “Garimpeiro
da Lua” e “Toada de Acalentar Simplezas”. Dedica-se, ainda, a escrever
crônicas, poesias e contos, tendo publicado os contos “O caso do menino”,
“Gatinha angorá”, “Adélia e o complexo do ovo”, mais as poesias reunidas em
“Cor do Tempo”, além de crônicas e versos em jornais e revistas culturais.
A obra “Sempres” tem coordenação
editorial de Geraldo Magela, o designer da capa é Marcos Macedo, a fotografia é
de Pablito Pereira e a revisão ficou a cargo de Alvaro Posselt. Responsável
pela concepção da capa do livro, o também poeta Hélio Leites assina a
apresentação do livro: “Sempre que caço uma poesia, nunca a encontro, mas é só
parar de procurar, descubro que estou com ela nas mãos. (...) É assim com
‘Sempres’: canta e nos transforma em guardiões de uma arte amorosa, lavrada em
família, em cristal flexível, que não trinca. Pulsa vivo mostrando que a vida
pede treinos e aprimoramentos”.
Geraldo Magela define Joaquim Simões
Ribeiro como “poeta para dias esperançosos: vê o mundo com efervescência
poética. Arquiteto das palavras, desenha novos caminhos que nos conduzem a uma
perseverança. A música é sua exatidão. A melodia, sua semente de renovação.
Trabalha o texto com maestria, regendo o verso com a batuta poética do
lirismo”.
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