Há 15 anos, Iria Braga dava seus
primeiros passos na careira de cantora profissional. Uma década e meia depois,
com muitos projetos, pesquisas, viagens e apresentações no currículo, a
curitibana sobe ao palco para mostrar ao vivo pela primeira vez o repertório do
seu disco de estreia como cantora solo. O show será nesta quinta-feira (28), às 20h, no Teatro do Sesc da Esquina.
Disponibilizadas no fim do ano passado
em seu site e na página Musicoteca, as nove faixas do álbum não foram
oficialmente lançadas ao vivo desde então. Segundo Iria, a ideia foi justamente
ir na contramão e não seguir à risca a estratégia de levar o disco ao palco
logo após seu lançamento. "Queria que o trabalho respirasse, encontrasse
seu próprio caminho, revelasse algumas coisas ocultas", explica a cantora.
E essas coisas ocultas, de fato, estão
lá, espalhadas em diversas camadas sutis que percorrem um repertório afetuoso,
amadurecido durante anos de trabalho. A pluralidade de experiências vividas e a
personalidade da cantora podem ser em parte percebidas ao se olhar a lista de
faixas, por exemplo. Encontramos compositores como Arrigo Barnabé e Paulinho da
Viola ("Crotalus Terrificus"), Cartola ("Peito Vazio"), os
curitibanos Du Gomide e Estrela Leminski ("Chapéu de Sobra") e até o
erudito francês Georges Bizet, de quem a cantora faz um recorte ousado de
"Habanera", a passagem mais célebre da ópera "Carmen".
Caminhar confortavelmente por
diferentes territórios musicais é fruto de uma carreira com disposição para
assumir riscos. Antes de cantora, Iria é atriz, sendo o palco o seu ambiente
preferido. Não foi à toa que sempre optou por shows temáticos, resultados de
intensa pesquisa e entrega a cada nova proposta. Seja a música popular
brasileira, os ritmos africanos, as canções francesas ou o uso da voz na música
instrumental, cada projeto musical nos últimos 15 anos contou com um mergulho
de cabeça.
Some-se a isso o fato de que Iria foi
integrante de bandas conhecidas do cenário musical curitibano, como Molungo,
M.U.V. e Mafagafieira, e passa a ser mais fácil entender a proposta do disco.
Para isso, conta com um time de músicos e parceiros de longa data - Denis
Mariano (bateria), Alonso Figueroa (samples e efeitos), Sandro Guaraná (baixo)
e Davi Sartori (piano) acompanham a cantora no palco do Sesc da Esquina,
contando ainda com direção musical de Indioney Rodrigues, direção cênica da
Carmem Jorge e iluminação de Victor Sabbag. Oliver Pellet é o responsável pelos
arranjos.
Trajetória - A trajetória artística de
Iria Braga é caracterizada por seu trânsito na música e no teatro, bem como
pela mistura dessas artes em suas produções. A ânsia de criar seus próprios
projetos movimentou sua vida em busca de uma linguagem particular como
intérprete. Assim, a realização de shows solos com diferentes temáticas, a
integração em diversos grupos musicais e a carreira de atriz delinearam o
perfil da artista que é atualmente.
Desde 2000, quando iniciou
profissionalmente a carreira de cantora, foram sete shows especiais e uma turnê
na França. O último deles, "Iria Braga e Quarteto", além de marcar
sua formatura em Licenciatura em Música na Escola de Música e Belas Artes do
Paraná, em 2011, é o embrião do seu primeiro álbum.
Para ouvir o disco:
http://iriabraga.com
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