O ator, diretor e dramaturgo Mário
Bortolotto (foto) é o tema de agosto do ciclo Teatro Paranaense em três Atos – história, leituras dramáticas, depoimento,
promovido mensalmente pelo Centro Cultural Teatro Guaíra para debater e
divulgar as artes cênicas produzidas no Estado. A leitura da peça "O ator, diretor e
dramaturgo Mário Bortolotto" é o tema de agosto do ciclo Teatro Paranaense em três Atos – história,
leituras dramáticas, depoimento, promovido mensalmente pelo Centro Cultural
Teatro Guaíra para debater e divulgar as artes cênicas produzidas no Estado. A
leitura da peça "À Meia Noite um Solo de Sax na Minha Cabeça",
programada para esta terça-feira (19), terá direção de Maurício Vogue.
O texto, escrito em 1983, foi encenado
pela primeira vez no mesmo ano, no Cine Teatro Ouro Verde, em Londrina, onde
nasceu Bortolotto. Criador do grupo Cemitério de Automóveis, há cerca de 30
anos, Bortolotto mora e trabalha em São Paulo desde 1996. Em 2000 ganhou o Prêmio
APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pelo conjunto da obra e o Prêmio
Shell de melhor autor pela peça “Nossa Vida Não Vale um Chevrolet”.
Bortolotto é um homem de mil faces.
Também é vocalista e compositor das bandas Saco de Ratos Blues e Tempo
Instável, de rock e blues; gravou o CD “Cachorros Gostam de Bourbon”, e já
publicou dois livros de poesia, “Para os Inocentes que Ficaram em Casa” e “Um
Bom Lugar para Morrer”, e dois romances, “Mamãe não Voltou do Supermercado” e
“Bagana na Chuva”. Em 2006 lançou o livro “Atire no Dramaturgo”, coletânea de
textos publicados em seu blog de mesmo nome, iniciado 2004.
Com um estilo totalmente contemporâneo,
com referências ao universo beatnik e a histórias em quadrinhos, música e
cinema, Bortolotto é considerado um dos criadores mais singulares do Brasil.
Seu estilo foi largamente debatido em fevereiro de 2010 quando o Instituto Itaú
Cultural promoveu a Semana Mário Bortolotto, onde o artista reuniu amigos para
conversar sobre música, literatura, poesia, cinema e teatro a partir de sua
obra.
Maurício Vogue também é ator, cantor,
bailarino e diretor de teatro. Convidado por Gabriel Vilela, participou do show
“Tambores de Minas”, de Milton Nascimento, percorrendo o Brasil numa turnê
durante dois anos. Como diretor, recebeu o Troféu Gralha Azul em 1996 pela peça
“Peter Pan Na Terra do Nunca”; e pelo “O Menino Rei”, em 2000, pelo qual foi
premiado também como melhor texto original.
PRÓXIMOS – O ciclo de leituras
dramáticas acontece uma vez por mês, sempre enfocando obras de autores
paranaenses com direção de diretores premiados no Gralha Azul nos últimos dez
anos. Até agora foram apresentados trabalhos de Eddy Franciosi, Manoel Carlos
Karam, Edson Bueno, Paulo Biscaia e de Glauco Flores de Sá Brito, que dá nome
ao Miniauditório. Logo depois da leitura é gravado depoimento dos participantes
do evento, para integrar a memória do teatro paranaense.
As próximas leituras serão no dia 16 de
setembro, quando três textos de Raul Cruz terão direção de Letícia Guimarães.
Para o dia 14 outubro está agendado o texto “Trecentina”, de Enéas Lour, com
direção de Cleide Piasecki. E para 9 de dezembro, texto de Laerte Ortega a ser
escolhido pelo diretor Roberto Inocente.
A entrada no Auditório Glauco Flores de
Sá Brito é gratuita em todos os eventos do ciclo, realizados sempre às 19h30.
Alunos de teatro que comparecerem a 75% das leituras receberão certificado de
Extensão Universitária emitido pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP).
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