A edição de agosto do jornal Cândido,
publicado pela Biblioteca Pública do Paraná, é dedicada a um dos períodos mais
férteis da literatura brasileira, os anos 1930. Durante pouco mais de uma
década, entre o final dos anos 1920 até o começo dos anos 1940, uma fantástica
geração de escritores, a maioria oriunda de fora do eixo Rio-São Paulo, criou
obras que ainda hoje continuam sendo festejadas e comentadas por estudiosos e
leitores da ficção.
Em ensaio inédito, Luís Bueno,
professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e
autor do livro Uma história do romance de 30, apresenta uma síntese do tema e
fala sobre as diferentes preocupações estéticas e temáticas dos escritores do
período.
Uma reportagem a respeito de regionalismo
e literatura, uma entrevista com professor da Universidade de Caxias do Sul
João Claudio Arendt e um Making of sobre Vidas secas, de Graciliano Ramos, um
dos romances mais relevantes da década de 1930, e de toda a literatura
brasileira, completam o especial.
Na seção “Perfil do Leitor”, o cineasta
Sérgio Bianchi revela suas influências literárias, que vão de Machado de Assis
a Julio Cortázar. A edição ainda conta com ensaio de Paulo Venturelli sobre a
literatura homoerótica no Brasil. Entre os inéditos, o Cândido traz contos de
Marco Polo Gumarães e poemas de Douglas Diegues e Jorge Barbosa Filho, também
conhecido como Jorge do Irajá.
O Cândido tem tiragem mensal de dez mil
exemplares e é distribuído gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná e em
diversos pontos de cultura de Curitiba. Também é enviado, via correio, a
diversas partes do Brasil. É possível ler a versão online do jornal no seguinte
endereço: www.candido.bpp.pr.gov.br. O site também traz conteúdo exclusivo,
como entrevistas e inéditos.
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