O Museu Oscar Niemeyer (MON) abre nesta
quinta-feira (7), a partir das 19h, a exposição “Da Matéria do Mundo”, da
artista Eliane Prolik. A mostra apresenta a instalação “Atravessamento” e três
núcleos de esculturas. A entrada na abertura é gratuita.
Com curadoria de Ronaldo Brito, e Denise
Bandeira como assistente de curadoria, a exposição se apropria de materiais
industriais que possibilitam o desencadeamento de formas abertas e comunicantes
relacionadas ao sentido fluido e emblemático da vida contemporânea. A
instalação "Atravessamento", de 160 metros quadrados
de eletrocalhas, envolve e captura o espectador com seu engenho, rumor e
desvios. A natureza escultórica de sua obra responde à presença física e à
experiência ampliada da percepção do corpo em movimento em interações e tensões
junto ao lugar, a arquitetura e a cidade.
Para o curador da exposição, “Da
Matéria do Mundo” diz respeito não somente à aparência do mundo contemporâneo,
seu aspecto anônimo e industrial, mas à essência de sua forma: o modo aberto,
serial e repetitivo como se organiza, no limite do aleatório, estranho com
certeza às noções tradicionais de harmonia e equilíbrio. Metafórica e
concretamente, as esculturas de Eliane Prolik convidam a um verdadeiro embate
físico que pode muito bem vir a se transformar em disponibilidade lúdica”,
analisa.
A diretora cultural do MON, Estela
Sandrini, ressalta que, “muitos dos trabalhos apresentados nesta exposição
foram criados para as salas do MON, a fim de estreitar as relações entre a
obra, a arquitetura do espaço e a experiência sensorial do espectador”.
Eliane Prolik - Curitibana, a artista é
graduada em Pintura e possui especialização em História da Arte do século 20
pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Desde o final dos anos
1980 trabalha com escultura, objeto e instalação. Participou de diversas
exposições nacionais e internacionais, como 25ª e 19ª Bienal Internacional de
São Paulo (2002 e 1987), I Bienal do Mercosul (1997), Bienal Brasil Século XX
(1994), Panorama da Arte Brasileira (1995 e 1991), O Estado da Arte - 40 anos
de Arte Contemporânea no Paraná 1970-2010 (2010) e PR/BR - Produção da imagem
simbólica do Paraná na cultura visual brasileira (2013), Museu Oscar Niemeyer.
Entre suas exposições individuais destacam-se Projeto Octógono, Pinacoteca do Estado
de São Paulo (2004) e Capulus, Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo
(2003). Recebeu premiações no Salão Nacional e Salão Paranaense. Integra os
coletivos de arte Bicicleta, Moto Contínuo e Escultura Pública, além de
projetos institucionais no contexto paranaense.
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