sexta-feira, 1 de agosto de 2014

“O Flautista de Hamelin” é atração do Teatro Bom Jesus

O primeiro festival de contos de fadas do Brasil, “Era uma vez... eram duas, eram três”, que estreou em junho em Curitiba e segue até novembro, dá sequência a sua programação neste final de semana. A mostra, que contempla peças de leituras já consagradas, sob a temática de contos de fadas, é um celeiro de clássicos do teatro infantil, que tem por intuito incentivar a formação de jovens plateias. O clássico “O Flautista de Hamelin” será encenado neste sábado (2) e domingo (3), no palco do Teatro Bom Jesus (rua 24 de maio, 135), às 16horas. O espetáculo ganha uma adaptação inédita da Cia do Abração e toda a renda da bilheteria será doada ao Hospital Pequeno Príncipe.
A história de Joaquim, o mestre do flautim, na pequena cidade paraibana chamada Hamelin embala uma grande aventura no sertão nordestino. A releitura do conto folclórico alemão reescrito pelos irmãos Grimm e pelo poeta inglês Robert Browning no século XIX, tem suas falas inspiradas na forma rimada de cordel e também faz o uso de técnicas de animação de objetos e de linguagens corporais, que prometem encantar a plateia com momentos interativos, divertidos e dramáticos. Um dos objetivos do espetáculo é apresentar aos pequenos o potencial libertador da arte por meio da música.
No conto original, datado de 1284, a cidadezinha alemã de Hamelin é assolada por uma intensa praga de ratos. Um forasteiro para lá de misterioso chega ao vilarejo e promete exterminar o problema em troca de uma farta quantia de dinheiro. Trato feito, o estranho sujeito começa a tocar sua flauta mágica, cujo som atrai os animaizinhos asquerosos para fora da cidade. Ao voltar para buscar sua recompensa, ele tem uma desagradável surpresa. Descobre que não receberá o dinheiro e, então, se põe a tocar novamente seu instrumento. Dessa vez ele não hipnotiza ratos, mas leva consigo todas as crianças da cidade.
Cumprindo o objetivo de promover a democratização do acesso aos bens culturais, o projeto ainda prevê contações de histórias mensais no Hospital Pequeno Príncipe e apresentações exclusivas dos espetáculos encenados no Teatro Bom Jesus, para os alunos da Associação Eunice Weaver.

Mais sobre Era uma...eram duas...eram três

Segundo Letícia Guimarães, diretora da Cia do Abração, e parceira na elaboração do projeto, o objetivo da mostra é contribuir para a formação de jovens plateias fundamentada nos princípios da arte/educação. “Através da música e do teatro, crianças e adultos são convidados a viajar a tempos antigos, vivenciando histórias como nunca antes”, afirma. Originário do latim fatum, o termo fada designa destino, fatalidade. Assim, os contos onde há o emprego de soluções mágicas em seu desfecho, são igualmente considerados contos de fadas, ainda que não haja a presença de uma delas. Independente da narrativa, vamos encontrar a presença do herói (ou heroína) submetido à provação e que necessita atravessá-la, superando os obstáculos para alcançar sua redenção e merecido final feliz. Se muitas gerações tiveram a oportunidade de mergulhar no universo mágico dos contos de fadas, e nossas lembranças estão recheadas de noites maravilhosas que embalaram nossos sonhos, hoje cada vez mais raro é a oportunidade de apresentá-lo às nossas crianças, emersas na correria do mundo contemporâneo.
Para Carolina Montenegro, diretora da Montenegro Produções Culturais, os contos de fadas estão envolvidos no universo de mistério e magia que sobrevive à aparente transparência da era das comunicações, com seu imperativo de tudo mostrar, tudo dizer, tudo exibir. “O encantamento experimentado pelos contos de fadas não vem somente do significado psicológico, mas das suas qualidades literárias, o próprio conto como uma obra de arte”, ressalta.
Após “O flautista de Hamelin”, a programação dá sequência com os seguintes contos: “A Bela e a Fera”, 13 a 14 de setembro, “O Gato de Botas”, 11 e 12 de outubro e encerra com “O Mágico de Oz”, nos dias 8 e 9 de novembro.

Informações sobre ingressos: 3315-0808 ou www.diskingressos.com.br.

Nenhum comentário:

Postar um comentário