O Memorial de Curitiba abre nesta
quinta-feira (7), às 19h, a exposição “Mutações”, da artista plástica
paranaense Nilva Rossi. Na mostra, a artista reúne suas obras mais recentes,
caracterizadas pela aplicação de várias camadas de materiais sobre as telas -
crayon, grafite, tinta, giz para quadro negro, carvão, entre outros.
A artista procurou experimentar tudo,
pois “a arte permite uma busca constante, já que só a vida não basta”, segundo
suas palavras. O nome escolhido para a exposição, “Mutações”, refere-se a
mudanças, alterações e modificações provocadas pela água, um elemento-chave em
seu processo de criação. Ao misturar-se com outros materiais, a água faz surgir
imagens surpreendentes, afloradas pela quantidade usada. A água ainda permite à
artista pesquisar a consistência dos materiais, já que quando ela seca, as
marcas transparentes possibilitam a percepção das inúmeras camadas trabalhadas.
Segundo o crítico João Coviello, nos
trabalhos de Nilva Rossi nem tudo está limitado à quantidade de matéria ou à
sobreposição quase infinita que se estende sobre as telas. Há partes em branco,
como aberturas ou portas. Para o crítico, isso pode ser uma metáfora proposital
que remete a espaços livres, desprotegidos e desnudos. “A artista talvez queira
mostrar que sua obra é aberta, que nos convida a entrar”, disse.
Nilva iniciou sua carreira artística em Maringá. Chegando
a Curitiba em 2004, matriculou-se no ateliê do artista plástico Edilson
Viriato, que faz a curadoria da exposição. Nesse período participou de várias
exposições coletivas e salões de arte. Essa é a sua terceira exposição
individual. Em 2009, apresentou a série “Tributo a São Francisco de Assis” e,
em 2011, a
mostra “Outono”.
A exposição "Mutações" pode
ser visitada até dia 9 de novembro de 2014, das 9h às 18h (terça a sexta-feira)
e 9h às 15h (sábados, domingos e feriados), com entrada gratuita.
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