O público de cinema no Brasil cresceu
10% no primeiro semestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano passado. O
dado foi divulgado nesta segunda (25) em relatório da Ancine (Agência Nacional
do Cinema). De 3 de janeiro a 2 de julho de 2013, 73,2 milhões de pessoas foram
ao cinema no Brasil. Neste ano, o número cresceu para 80,6 milhões.
Segundo o relatório da agência, o
fenômeno "reflete, principalmente, o aumento de público dos filmes
estrangeiros, que anteciparam seus lançamentos das férias de julho, de forma a
não coincidir com o calendário da Copa do Mundo no Brasil".
Oito filmes com produção dos EUA
venderam mais de 3 milhões de ingressos: as produções "Rio 2" (a
campeã, com cerca de R$ 63 milhões arrecadados), do brasileiro Carlos Saldanha,
"Noé" (Darren Aronofsky), "Malévola" (Robert Stromberg),
"X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" (Bryan Singer), "Capitão
América 2: O Soldado Invernal" (Anthony e Joe Russo), "A Culpa é das
Estrelas" (Josh Boone), "O Espetacular Homem Aranha 2" (Marc
Webb) e "Frozen: Uma Aventura Congelante" (Chris Buck e Jennifer
Lee). Só cinco obras haviam alcançado esse patamar no mesmo período de 2013.
Mais pessoas viram filmes estrangeiros,
que tiveram maior oferta neste ano. Do total de espectadores, 85,8% assistiram
a filmes de fora do Brasil, ante 81,4% do ano anterior. O cinema brasileiro
perdeu público: houve redução de 15,8% em relação a 2013. A renda com filmes
nacionais diminuiu 6,2%. Até o início de julho, 195 filmes haviam sido lançados
no Brasil, sendo que 55 eram brasileiros - mesmo número do ano passado.
Aumentou o número de produções estrangeiras. Este ano 140 filmes estrangeiros
foram lançados no Brasil, ante 136 no primeiro semestre do ano passado.
Onze obras brasileiras alcançaram mais
de 100 mil espectadores no primeiro semestre, sendo responsáveis por 96% do
público do cinema nacional. Desses 11, quatro ultrapassaram a marca de 1 milhão
de espectadores: “Até que a Sorte nos Separe 2” , de Roberto Santucci; “S.O.S. Mulheres ao
Mar”, de Cris D’Amato; “Os Homens são de Marte… E é Para lá Que eu Vou”, de
Marcus Baldini; e “Muita Calma Nessa Hora 2” , de Felipe Joffily.
Nos primeiros seis meses do ano, a soma
das salas ocupadas pelos lançamentos nacionais nas semanas de estreia alcançou
3.828 salas, contra 3.321 ocupadas por estreias nacionais no mesmo período de
2013. Isso representa um aumento de 15% no espaço para lançamentos brasileiros
em relação ao ano passado - e de 163% em relação ao primeiro semestre de 2010,
quando lançamentos brasileiros ocuparam 1.453 salas no país.
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