Um dos mais famosos contos infantis da literatura mundial,
“O Gato de Botas”, dá sequência neste final de semana a programação do primeiro
festival de contos de fadas do Brasil, “Era uma vez…eram duas, eram três”. O
projeto, que estreou em junho em Curitiba, chega a sua reta final em novembro.
Com realização do Ministério da Cultura, apresentação da Montenegro Produções
Culturais e apoio do Hospital Pequeno Príncipe, a obra clássica de Charles
Perrault ganha uma versão inédita para o festival e será encenado neste sábado
(11) e domingo (12), no palco do Teatro Bom Jesus, às 16 horas. Toda a renda da
bilheteria será doada ao Hospital Pequeno Príncipe.
Através do ponto de vista de três crianças, a peça narra a
história de Pietro, que herdou de seu humilde pai um astuto gato que o leva
acreditar mais em si e nos caminhos que pretende percorrer. A situação muda
quando o plebeu, em um simples encontro na aldeia, se apaixona pela doce
princesa Nayla. Poderia o Gato ajudar seu dono a se tornar um elegante marquês
e ganhar a confiança do Rei?
Baseado na história clássica de Charles Perrault, o
espetáculo conta a história do gato inteligente que usa sua astúcia para
transformar seu dono em nobre, digno de se casar com a princesa do reino. O que
no início é mera malandragem do bichano acaba se transformando em realidade. A
fábula mostra que amigos leais valem mais do que riquezas.
Cumprindo o objetivo de promover a democratização do acesso
aos bens culturais, o projeto ainda prevê contações de histórias mensais no
Hospital Pequeno Príncipe e apresentações exclusivas dos espetáculos encenados
no Teatro Bom Jesus, para os alunos da Associação Eunice Weaver.
Mais sobre Era uma…eram duas…eram três
Segundo Letícia Guimarães, diretora da Cia do Abração, e
parceira na elaboração do projeto, o objetivo da mostra é contribuir para a
formação de jovens plateias fundamentada nos princípios da arte/educação.
“Através da música e do teatro, crianças e adultos são convidados a viajar a
tempos antigos, vivenciando histórias como nunca antes”, afirma. Originário do
latim fatum, o termo fada designa destino, fatalidade. Assim, os contos onde há
o emprego de soluções mágicas em seu desfecho, são igualmente considerados
contos de fadas, ainda que não haja a presença de uma delas. Independente da
narrativa, vamos encontrar a presença do herói (ou heroína) submetido à
provação e que necessita atravessá-la, superando os obstáculos para alcançar
sua redenção e merecido final feliz. Se muitas gerações tiveram a oportunidade
de mergulhar no universo mágico dos contos de fadas, e nossas lembranças estão
recheadas de noites maravilhosas que embalaram nossos sonhos, hoje cada vez
mais raro é a oportunidade de apresentá-lo às nossas crianças, emersas na
correria do mundo contemporâneo.
Para Carolina Montenegro, diretora da Montenegro Produções
Culturais, os contos de fadas estão envolvidos no universo de mistério e magia
que sobrevive à aparente transparência da era das comunicações, com seu
imperativo de tudo mostrar, tudo dizer, tudo exibir. “O encantamento experimentado pelos contos de
fadas não vem somente do significado psicológico, mas das suas qualidades
literárias, o próprio conto como uma obra de arte”, ressalta.
Após “O Gato de Botas”, a programação encerra com “O Mágico
de Oz”, nos dias 8 e 9 de novembro.
Desenvolvido com incentivo fiscal, por meio da Lei Rouanet,
o projeto é executado com patrocínio de empresas do Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul, dentre elas: Nórdica Veículos, Arcelor Mittal Govarri, Mili,
Ciapetro Distribuidora de Combustíveis, Granjeiro Alimentos, Ademilar
Administradora de Consórcios, Marelli Móveis, Balaroti, Westaflex Tubos
Flexíveis, Sul Defensivos Agrícolas, Disam Distribuidora de Insumos Agrícolas,
Zen S.A, Yoshii Engenharia e Construções, Slaviero Hotéis, Engepeças
Equipamentos, Deycon Comércio, Kurashiki do Brasil, Tratornew e Bardusch
Arrendamentos.
O Teatro Bom Jesus está situado na rua 24 de Maio, 135,
Centro. Mais informações: 3315-0808 / 2105-4034 ou www.diskingressos.com.br
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