A Orquestra de Câmara de Curitiba
apresenta, neste fim de semana, o concerto “Dança, Seresta e as Quatro Estações
Portenhas”, com execução das obras “Quarteto de Cordas N.1”, de Osvaldo Lacerda
(1927 – 2011); “Cuatro Estaciones Porteñas (Quatro Estações Portenhas”, de
Astor Piazzolla (1921 – 1992); “Divertimento para Cordas”, de Edino Krieger
(1944); e “Mourão”, de César Camargo Guerra-Peixe (1914 – 1993) e Clóvis
Pereira (1932). O espetáculo tem sessões às 20h desta sexta-feira (7), na
Paróquia Nossa Senhora Aparecida, e às 18h30 de sábado (8), na Capela Santa
Maria Espaço Cultural.
A programação, sob a direção musical do
violinista e “spalla” da orquestra, Winston Ramalho, integra a temporada 2014
de concertos patrocinada pelo Ministério da Cultura e pela Volvo. Curitibano de
nascimento, Winston Ramalho venceu vários concursos nacionais e internacionais,
tendo sido aluno e assistente do consagrado professor e solista Tibor Varga, na
Universität für Musik und darstellende Kunst Graz (Áustria).
Winston foi membro e violinista
convidado de importantes orquestras brasileiras e estrangeiras, como a
Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica de São Paulo, Grazer
Synphonishes Orchester, Recreation Orchester Graz, Orquestra Filarmônica de
Viena e Orquestra de Câmara de Viena, além de ter atuado, durante 2011, como
“spalla” ensaiador da Camerata Antiqua de Curitiba. Também participou como
professor de violino em edições da Oficina de Música de Curitiba.
O repertório – O “Quarteto de Cordas
Nº1”, de Osvaldo Lacerda, foi composto em 1952 e estreou no mesmo ano, em São
Paulo. A obra permite observar que a confluência de gêneros urbanos com a
música de raiz tribal enquadra-se em moldes perfeitamente clássicos, em que o
violoncelo dá voz a resquícios de percussão.
As “Cuatro Estaciones Porteñas”, também
conhecidas como “Estaciones Porteñas’ ou “Quatro Estações de Buenos Aires”, são
um conjunto de quatro composições de tango escritas por Astor Piazzolla, que
foram originalmente concebidas e tratadas como diferentes composições em vez de
uma suite, embora Piazzolla de vez em quando as tocasse juntas. Ao colocar o
adjetivo “porteño”, referindo-se aos nascidos em Buenos Aires, Piazzolla dá uma
impressão das quatro estações de Buenos Aires.
A obra “Divertimento para Cordas”
integra o segundo período de criação do compositor Edino Krieger, caracterizado
pela utilização de formas tradicionais, numa linguagem tonal-modal e de uma
temática neoclássica com frequentes incursões por motivos de caráter
brasileiro. O programa completa-se com “Mourão”, de César Camargo Guerra-Peixe
e Clóvis Pereira, peça vinculada ao movimento artístico nordestino denominado
Armorial. A palavra “mourão” refere-se a um dos vários tipos de cantoria usadas
no nordeste, na qual os cantadores disputam quem tem maiores habilidades no
verso e no improviso. Sua melodia foi composta originalmente por Guerra-Peixe
para ser a vinheta de um programa de rádio que contava histórias de cangaceiros
e, mais tarde, foi arranjada para orquestra de cordas por Clóvis Pereira, a
pedido de Ariano Suassuna, sendo essa versão a mais conhecida.
A apresentação da Orquestra de Câmara
de Curitiba desta sexta-feira (7), às 20h, apresentação na Paróquia Nossa
Senhora Aparecida (Av. Nossa Senhora Aparecida, 1.637 – Seminário), tem entrada
franca; já a de sábado (8), às 18h30, na Capela Santa Maria Espaço Cultural,
tem ingressos a R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia) com pagamento somente em dinheiro.
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