sexta-feira, 28 de novembro de 2014

“Zoom Cultural – Leituras da Ditadura” convida a cineasta Lúcia Murat

O Centro Cultural Sesi Heitor Sockler de França, reflete através do projeto “Zoom Cultural – Leituras da Ditadura”, o contexto ditatorial do Brasil da década de 70, com mesas de debate com convidados no Centro Cultural Sesi Heitor Stockler de França e Leituras Cênicas no Teatro do SESI Portão.
Idealizado pela artista gestora, Nena Inoue, o projeto dá claridade e atualiza a memória dos tempos de Ditadura Civil Militar no Brasil, com participação de convidados que atuaram durante a repressão. O exercício é refletir sobre o assunto, a partir do tema: “Leituras da Ditadura: Ontem, Hoje e Amanhã”.
“Leituras da Ditadura” previa três encontros para debater o assunto. A primeira edição aconteceu em setembro, com a participação de Zuenir Ventura e leitura do texto “Murro em Ponta de Faca”, de Auguto Boal. A segunda  edição, em outubro, recebeu Dulce Pandolfi, com mediação de Vera Karan e leitura do texto “O Milagre na Cela”, de Jorge Andrade.
A leitura de novembro, às 18h deste sábado (29), recebe a cineasta Lucia Murat, com mediação de Ulisses Galetto e a leitura do texto “Ponto de Partida”, de Gianfrancesco Guarnieri.
Os debates acontecem sempre no Centro Cultural SESI Heitor Stockler de França (Av. Mal. Floriano Peixoto, 458, Centro), com audiência aberta (sujeito a lotação). Mais informações: 3322-2111.

LÚCIA MURAT – A carioca Lúcia Murat é uma das cineastas brasileiras mais conhecidas internacionalmente. Seu primeiro longa-metragem, o semidocumentário “Que bom te ver viva” (1988), estreou no Festival de Toronto e revelou uma cineasta dedicada a temas políticos e femininos. Nele depoimentos de mulheres torturadas durante a ditadura militar se intercalam com cenas ficcionais protagonizadas por Irene Ravache. Entre muitos prêmios, o longa foi escolhido melhor filme do júri oficial, do júri popular e da crítica no Festival de Brasília de 1989.
A preocupação política volta em “Doces poderes” (1996), desta vez sob o ponto de vista do marketing das campanhas eleitorais. O filme estreou em 1997 no Festival de Sundance e, no mesmo ano, também foi exibido no Festival de Berlim. Em 2000 lançou Brava gente brasileira, sobre a relação entre colonizadores e índios no interior do Brasil.
Em 2003 filmou “Quase dois irmãos” - um drama político sobre o conflito entre a classe média e a favela em três diferentes épocas e situações - que lhe rendeu inúmeros prêmios, entre eles os de melhor direção e melhor filme latino americano pela Fipresci no Festival do Rio 2004, melhor filme no Primeiro Amazonas Film Festival e melhor filme no Festival de Mar Del Plata 2005.
No Festival do Rio de 2005 estreou o documentário “O olhar estrangeiro” e, na edição de 2007, “Maré, nossa história de amor”, uma coprodução Brasil-França. Em 2008, “Maré” foi selecionado para a mostra Panorama do Festival de Berlim. Em 2010 filmou o documentário/ensaio “Uma longa viagem”, o grande vencedor do festival de Gramado do ano seguinte. Em 2012 lança como produtora “Histórias que só existem quando lembradas” (com direção de Julia Murat), com mais de 50 prêmios internacionais. Agora, traz para o público o seu mais recente trabalho, o longa de ficção “A memória que me contam”.

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