quarta-feira, 10 de abril de 2013

MON recebe a mais completa e importante exposição de M.C.Escher já realizada no Brasil

O Museu Oscar Niemeyer (MON) recebe nesta quinta-feira (11), a mais completa exposição já realizada no Brasil dedicada ao artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher (1898 - 1972). A mostra “A Magia de Escher” reúne 85 obras, entre gravuras originais, desenhos e fac-símiles, incluindo todos os trabalhos mais conhecidos do artista. O acervo da coleção da Fundação Escher na Holanda estará distribuído nas salas 1 e 2 do museu até o dia 21 de julho. O horário para ver a exposição “A magia de Escher” será estendido até as 20 horas, de terça a sexta-feira. Devido ao controle de temperatura e umidade das salas, para que não haja nenhum dano às obras, o acesso do público será controlado por senha.
A exposição permitirá que o público passe por uma série de experiências que desvendam os efeitos óticos e de espelhamento que Escher utilizava em seus trabalhos. Experiências como olhar por uma janela de uma casa e ver tudo em ordem e, em seguida, ver tudo flutuando por outra janela, ou ainda assistir um filme em 3D, que possibilitará um passeio por dentro das obras do artista. A expografia ainda apresentará animações de algumas das gravuras de Escher.
Há dois anos, quando foi exposta no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, a mostra foi declarada como a exposição mais visitada no mundo em 2011, segundo a “The Art Newspaper, publicação especializada em artes e que todo ano faz levantamento das mostras mais prestigiadas.
De acordo com o curador Pieter Tjabbes, essa será a única oportunidade de apreciar tantas obras reunidas fora do museu. “As obras do Escher são muito raras e muito procuradas para exposições. Só existem três coleções no mundo”, diz o curador.

O artista - M.C.Escher ficou mundialmente famoso por representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses, padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes. Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com impressionantes efeitos de ilusões de ótica, com notável qualidade técnica e estética, respeitando as regras geométricas do desenho e da perspectiva.
Foi depois de uma incursão à Espanha, onde teve contato com mosaicos mouros que o artista foi estimulado a desenvolver trabalhos utilizando o preenchimento regular do plano. Escher achou muito interessante as formas como cada figura entrelaçava a outra e se repetia, formando belos padrões geométricos. Destacam-se também os trabalhos que exploram o ambiente. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, em um plano bidimensional, como a folha de papel. Com isso, ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas, paradoxos.
 “Escher utilizava princípios da matemática sem ser rígido na sua aplicação. Ele seria mais um matemático amador, que aplicava certos efeitos quase intuitivamente. Há obras que mostram situações que parecem normais, mas com uma observação mais atenta, elas comprovam ser impossíveis. Elas são baseadas em modelos matemáticos como a cinta de Möbius ou o triângulo de Penrose”, explica Pieter. As obras “Belvedere” (1958), “Subir e descer” (1960) e “Cascata” (1961) são exemplos dessa aplicação.
O ingresso para o MON custa R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia-entrada); no primeiro domingo do mês a entrada é gratuita. Mais informações: 3350- 4400.

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