segunda-feira, 22 de abril de 2013

Obras selecionadas no 64.º Salão Paranaense ficam expostas até o final de semana

O olhar de 25 artistas brasileiros sobre temas recorrentes, como diversas formas de violência, a interação entre o homem e a natureza e questões de gênero, sociais e políticas, reflete-se nas obras expostas na 64.ª edição do Salão Paranaense. É possível conferir a exposição até 28 de abril, no Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC), em Curitiba. A entrada é gratuita.
Uma das principais premiações de artes plásticas do Brasil, o Salão registrou número recorde de inscrições. Foram 833 propostas enviadas por artistas de 18 estados. “Foi um número surpreendente, que superou o recorde anterior de 711 inscrições registradas no 44.º Salão Paranaense, em 1987”, diz Lenora Pedroso, diretora do MAC. “É uma mostra clara da necessidade do artista de buscar oportunidades para apresentar sua produção. O Salão, que se caracteriza como um evento democrático, continua tendo um papel relevante a desempenhar nesse sentido”, conclui.
Dos trabalhos inscritos, 20 foram selecionados para participar desta edição da mostra, e seus autores foram premiados com o valor total de R$ 205 mil. Entre os destaques estão os trabalhos de Mariana Marcassa, de São Paulo, e do paranaense Daniel Duda, vencedores do Prêmio Residência instituído pela primeira vez nesta edição do Salão. Mariana apresentou a performance no Museu Oscar Niemeyer. A vez de Duda será em maio, em Londrina.
Para a artista plástica Denise Bandeira, uma das curadoras da mostra, merecem destaque a instalação sonora Teia, de Paulo Nenflidio, e o vídeo Bronze Revirado, do mineiro Pablo Lobato. “Cada uma a seu modo, essas obras fazem uma crítica à produção industrial e à automatização da sociedade contemporânea”, pontua. Os dois trabalhos receberam o Prêmio Aquisição e serão incorporadas ao acervo do MAC. Proveniente, quase que em sua totalidade, das diversas edições do Salão, esse acervo reúne obras de artistas como Tomie Ohtake, Burle Marx, Juarez Machado e Poty Lazzarotto.
Além dos artistas selecionados, o Salão apresenta ainda a produção de mais cinco artistas convidados pelo comitê curatorial. Armando Queiroz, de Belém do Pará, Carmela Gross, de São Paulo, Mabe Bethônico, de Belo Horizonte, Rosana Paulino, de São Paulo, e Rodrigo Braga, de Manaus – que participou da 63ª edição do Salão Paranaense como artista selecionado, volta ao Salão Paranaense como convidado.
Criado em 1944, o Salão Paranaense é um dos mais antigos salões de arte promovidos no País. Realizado pela Secretaria de Cultura do Paraná, é abrigado pelo MAC desde 1970. Em 2005, tornou-se um evento bienal, ampliou sua área de abrangência e passou a premiar todos os artistas selecionados e convidados.

O Museu de Arte Contemporânea do Paraná está aberto para visitação de terça a sexta-feira, das 10 às 19h; sábado e domingo, das 10 às 16h. A entrada é franca.

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