terça-feira, 21 de maio de 2013

"Inferno", novo livro de Dan Brown, sai com expectativa de ser maior sucesso do ano

(Reuters) - As livrarias preveem que "Inferno", novo romance de Dan Brown que chegou nas livrarias, será o maior sucesso editorial do ano, e as encomendas já se equiparam às do livro mais vendido do ano passado, "Morte Súbita", de JK Rowling.
Em sua nova obra, Brown, de "O Código Da Vinci", retoma seu personagem Robert Langdon, num romance que tem como principal tema a visão do inferno segundo Dante Alighieri. "Só no século 14 e com essa visão (o inferno) se tornou aterrorizante. Dante teve enorme influência sobre a visão cristã do inferno", disse ele ao jornal britânico Sunday Times.
Jon Howellls, porta-voz da livraria Waterstones, disse que "Inferno" deverá se tornar o livro mais vendido do ano, "porque Dan Brown está numa categoria à parte".
As primeiras resenhas de "Inferno" descrevem uma obra "pesada", mas que deverá ser avidamente devorada pelos fãs.
Os críticos disseram que os mistérios sombrios, os códigos enigmáticos e o turismo histórico presentes em "Inferno" irão deleitar os devotos do romancista norte-americano, mas observaram que alguns trechos parecem mais compatíveis com um roteiro de Hollywood do que com um romance.
O personagem Robert Langdon, professor de Harvard especialista em símbolos, agora segue a trilha do poeta Dante Alighieri por Florença, Veneza e Istambul, numa corrida contra o tempo para salvar o mundo de uma praga artificial.
Janet Maslin disse no The New York Times que o romance tem um começo acidentado, que parece prenunciar problemas para a franquia de Brown, mas que depois se recupera. "Para grande alívio de quem gosta dele, Brown acaba não só deixando uma trilha de migalhas das pistas sobre Dante (este, afinal de contas, é ‘Inferno'), como também jogando jogos com o tempo, os gêneros, a identidade, atrações turísticas famosas e a medicina futurista", escreveu.
No Independent, Boyd Tonkin disse que o romance é "pesado, mas inteligente". Ele observa que a trama é uma das mais batidas da ficção - o cientista maluco que ameaça o mundo com uma máquina apocalíptica. "Será que Brown consegue reformular esses dispositivos excessivamente familiares de surto, pestilência e contágio de modo a transformá-lo num organismo viável? Embora pesadamente, ele consegue".
Já A.N. Wilson, do Financial Times, viu no livro uma "trama absurda", carregada de "jargão científico" e excessivamente dependente da fama dos lugares turísticos por onde Langdon passa. "O professor e seu doutor passam correndo pela ‘famosa catedral de Florença', pelo ‘famoso Studiolo' de Vasari, sem esquecer da ‘mundialmente famosa Galeria degli Uffizi'", escreveu o crítico. "'Inferno' deve ser lido menos como romance do que como 'tratamento' para um filme de suspense."
Nos EUA, Brian Truitt, do USA Today, deu ao livro 3,5 de 4 estrelas possíveis, e o descreveu como "leitura infernalmente boa".
"O Código Da Vinci", de 2003, passou mais de um ano no topo da lista de best-sellers do The New York Times, e virou filme estrelado por Tom Hanks. Livrarias disseram que, a julgar pelas encomendas pré-lançamento, "Inferno" deverá ser o livro mais vendido do ano.

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