Chega a Curitiba o mais novo espetáculo
da dançarina e coreógrafa Deborah Colker, com duas apresentações no Teatro
Guaíra, neste final de semana. Sensualidade e
instinto permeiam “Belle”, trabalho levemente inspirado no romance francês de
Joseph Kessel, “Belle de Jour”, e que celebra 21 anos da Companhia de Dança Deborah
Colker. Ingressos já estão à venda na bilheteria do Teatro e nos quiosques do
Disk Ingressos.
Escrito em 1928, “Belle de Jour” conta
a história de uma dona de casa que passa as tardes num bordel buscando fugir da
monotonia. A história foi adaptada para o cinema em 1967 por Luis Buñuel, e
ganha agora os palcos com os movimentos e coreografias de Deborah. Em um
espetáculo que flutua entre um mundo ideal e um submundo, refletindo imagens
duplicadas e contrastantes, duas bailarinas interpretam a protagonista
Séverine, em dois atos.
Para a construção dessa duplicidade,
Deborah (que divide a direção com João Elias e assina a coreografia) escolheu
momentos distintos, com mudanças de cenário, figurinos e trilha sonora. Gringo
Cardia é o responsável pelo cenário, que vai do mobiliário tradicional ao
bordel preto e branco. Já Samuel Cirnansck inclui nos figurinos tons fortes de
roupas sensuais e acessórios dos anos 60, assim como trajes bem comportados. A
trilha de Berna Cepas vai de Miles Davis a Velvet Undeground, acompanhando as
transições do espetáculo.
“Belle” tem apenas duas apresentações
em Curitiba: no dia 19 de julho (sábado), às 21h, e 20 (domingo), às 18h. Os
ingressos à venda estão a partir de R$ 60,00 (2º balcão), R$ 80,00 (primeiro
balcão) e R$ 100,00 (plateia). O espetáculo é recomendado para maiores de 14
anos.
A COMPANHIA - Criada em 1993, a Companhia de Dança
Deborah Colker estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro no ano seguinte,
como parte do projeto “Globo em Movimento”. Em 95, conquistou patrocínio
exclusivo da Petrobras, com o qual desenvolveu seus dez espetáculos seguintes.
Conquistou importantes prêmios nacionais, como do Ministério da Cultura e dos
jornais Do Brasil e O Globo, e o internacional Laurence Olivier (Grã-Bretanha)
e viajou por países como Singapura, Irlanda, Portugal, Japão, Áustria e
Alemanha, entre outros.
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