O espetáculo “Concertos Românticos”,
preparado pela Orquestra de Câmara de Curitiba para este fim de semana, tem
como destaques o violino e o piano, nas composições “Concerto em Ré menor para
violino e orquestra de cordas”, do alemão Felix Mendelssohn Bartholdy e
“Concerto para violino, piano e cordas em Ré maior Op. 21” , do francês Ernest
Chausson. A apresentação está agendada para sexta-feira (11), às 20h, na Capela
Santa Maria Espaço Cultural, com ingressos a R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia).
A programação, que integra a temporada
2014 de concertos da Orquestra de Câmara patrocinada pelo Ministério da Cultura
e pela Volvo, tem direção musical do violinista e “spalla” do grupo, Winston
Ramalho, que também atua como violino solo. Como solista convidado, sobe ao
palco o paranaense Luiz Guilherme Pozzi, um dos mais destacados pianistas de
sua geração.
Experiência – A elaboração do “Concerto
para violino, piano e cordas em Ré maior Op. 21” consumiu dois anos da
carreira de Chausson, sendo uma obra de grande intensidade. Originalmente
escrito para violino, piano e quarteto de cordas, agora ganha execução
acrescida de orquestra de cordas, revelando riqueza de timbres. “Estamos
fazendo uma experiência, seguindo exemplo do que ocorre na Europa”, explica o
diretor musical Winston Ramalho, violinista curitibano que venceu vários
concursos nacionais e internacionais, tendo sido aluno e assistente do
consagrado professor Tibor Varga, na Universität für Musik und darstellende
Kunst Graz (Áustria).
Winston, também solista desse concerto,
foi membro e violinista convidado de importantes orquestras brasileiras e
estrangeiras, como a Orquestra Sinfônica do Paraná e Orquestra Sinfônica de São
Paulo, mais as austríacas Grazer Synphonishes Orchester, Recreation Orchester
Graz, Orquestra Filarmônica de Viena e Orquestra de Câmara de Viena, além de
ter atuado, durante 2011, como “spalla” ensaiador da Camerata Antiqua de
Curitiba. Também participou como professor de violino em edições da Oficina de
Música de Curitiba.
No “Concerto para violino, piano e
cordas em Ré maior Op. 21” ,
Chausson conduz o espectador a um estado emocional, no qual a exaustão
expressiva se confunde com o encantamento. No final, o piano explode sob o
impulso de um motivo sincopado de extraordinária velocidade. A Orquestra de
Câmara de Curitiba tem como convidado para este espetáculo o músico Luiz
Guilherme Pozzi, no piano solo. Nascido em Cornélio Procópio
(PR), o instrumentista é formado pela Escola de Belas Artes do Paraná (Embap).
Estreou como solista de orquestra em 2000, com a Orquestra Sinfônica do Paraná,
e desde então apresenta-se com importantes grupos.
Pozzi aprimorou seus estudos na Europa,
onde viveu por seis anos. Na Alemanha, obteve o primeiro lugar na prova de
admissão da Escola Superior de Música de Freiburg e, na Áustria, diplomou-se
com distinção na Universidade de Artes de Graz. Acumulando mais de uma dezena
de premiações, o pianista é mestre em Música pela Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e, atualmente, desenvolve doutorado sobre os concertos para
piano e orquestra de Brahms, na Universidade de São Paulo (USP).
Genialidade – O “Concerto em Ré menor
para violino e orquestra de cordas”, que integra o programa da Orquestra de
Câmara de Curitiba neste fim de semana, foi escrita por Felix Mendelssohn
Bartholdy em 1822, quando o autor tinha apenas 13 anos de idade, confirmando a
genialidade do compositor alemão.
Considerado um dos maiores músicos de
toda a história, Mendelssohn foi um dos talentos artísticos mais precocemente
revelados, um maestro e instrumentista notável e um compositor que testemunhou
singularmente, por meio de sua obra, toda a tensão entre a música de tradição
clássica e a estética romântica.
A obra interpretada pela Orquestra de
Câmara de Curitiba, tendo Winston Ramalho no violino solo, revela a música
apaixonada e vibrante de Mendelssohn, que exige dos intérpretes verdadeiro
virtuosismo. São três andamentos inspirados em Mozart, que leva o espectador a
mergulhar num mundo musical em que tudo parece fazer sentido. Ouve-se primeiro
uma longa introdução orquestral, na qual são apresentadas as principais ideias.
No segundo andamento são exploradas soluções harmônicas de forma arrojada,
sendo que no final assiste-se a um fulgor rítmico particularmente convidativo
ao convívio social.
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