quinta-feira, 10 de julho de 2014

Obras românticas no concerto da Orquestra de Câmara de Curitiba

O espetáculo “Concertos Românticos”, preparado pela Orquestra de Câmara de Curitiba para este fim de semana, tem como destaques o violino e o piano, nas composições “Concerto em Ré menor para violino e orquestra de cordas”, do alemão Felix Mendelssohn Bartholdy e “Concerto para violino, piano e cordas em Ré maior Op. 21”, do francês Ernest Chausson. A apresentação está agendada para sexta-feira (11), às 20h, na Capela Santa Maria Espaço Cultural, com ingressos a R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia).
A programação, que integra a temporada 2014 de concertos da Orquestra de Câmara patrocinada pelo Ministério da Cultura e pela Volvo, tem direção musical do violinista e “spalla” do grupo, Winston Ramalho, que também atua como violino solo. Como solista convidado, sobe ao palco o paranaense Luiz Guilherme Pozzi, um dos mais destacados pianistas de sua geração.  

Experiência – A elaboração do “Concerto para violino, piano e cordas em Ré maior Op. 21” consumiu dois anos da carreira de Chausson, sendo uma obra de grande intensidade. Originalmente escrito para violino, piano e quarteto de cordas, agora ganha execução acrescida de orquestra de cordas, revelando riqueza de timbres. “Estamos fazendo uma experiência, seguindo exemplo do que ocorre na Europa”, explica o diretor musical Winston Ramalho, violinista curitibano que venceu vários concursos nacionais e internacionais, tendo sido aluno e assistente do consagrado professor Tibor Varga, na Universität für Musik und darstellende Kunst Graz (Áustria).
Winston, também solista desse concerto, foi membro e violinista convidado de importantes orquestras brasileiras e estrangeiras, como a Orquestra Sinfônica do Paraná e Orquestra Sinfônica de São Paulo, mais as austríacas Grazer Synphonishes Orchester, Recreation Orchester Graz, Orquestra Filarmônica de Viena e Orquestra de Câmara de Viena, além de ter atuado, durante 2011, como “spalla” ensaiador da Camerata Antiqua de Curitiba. Também participou como professor de violino em edições da Oficina de Música de Curitiba. 
No “Concerto para violino, piano e cordas em Ré maior Op. 21”, Chausson conduz o espectador a um estado emocional, no qual a exaustão expressiva se confunde com o encantamento. No final, o piano explode sob o impulso de um motivo sincopado de extraordinária velocidade. A Orquestra de Câmara de Curitiba tem como convidado para este espetáculo o músico Luiz Guilherme Pozzi, no piano solo. Nascido em Cornélio Procópio (PR), o instrumentista é formado pela Escola de Belas Artes do Paraná (Embap). Estreou como solista de orquestra em 2000, com a Orquestra Sinfônica do Paraná, e desde então apresenta-se com importantes grupos.
Pozzi aprimorou seus estudos na Europa, onde viveu por seis anos. Na Alemanha, obteve o primeiro lugar na prova de admissão da Escola Superior de Música de Freiburg e, na Áustria, diplomou-se com distinção na Universidade de Artes de Graz. Acumulando mais de uma dezena de premiações, o pianista é mestre em Música pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, atualmente, desenvolve doutorado sobre os concertos para piano e orquestra de Brahms, na Universidade de São Paulo (USP).

Genialidade – O “Concerto em Ré menor para violino e orquestra de cordas”, que integra o programa da Orquestra de Câmara de Curitiba neste fim de semana, foi escrita por Felix Mendelssohn Bartholdy em 1822, quando o autor tinha apenas 13 anos de idade, confirmando a genialidade do compositor alemão.
Considerado um dos maiores músicos de toda a história, Mendelssohn foi um dos talentos artísticos mais precocemente revelados, um maestro e instrumentista notável e um compositor que testemunhou singularmente, por meio de sua obra, toda a tensão entre a música de tradição clássica e a estética romântica.
A obra interpretada pela Orquestra de Câmara de Curitiba, tendo Winston Ramalho no violino solo, revela a música apaixonada e vibrante de Mendelssohn, que exige dos intérpretes verdadeiro virtuosismo. São três andamentos inspirados em Mozart, que leva o espectador a mergulhar num mundo musical em que tudo parece fazer sentido. Ouve-se primeiro uma longa introdução orquestral, na qual são apresentadas as principais ideias. No segundo andamento são exploradas soluções harmônicas de forma arrojada, sendo que no final assiste-se a um fulgor rítmico particularmente convidativo ao convívio social.

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