Dedicado a explorar as possibilidades
do horror e da violência como forma de linguagem artística, o trabalho do
diretor teatral Paulo Biscaia é o tema deste mês do ciclo “Teatro Paranaense em três Atos – história,
leituras dramáticas, depoimento”. A leitura de “Morgue Story – Sangue, Baiacu e
Quadrinhos” será dirigida por Edson Bueno, nesta terça-feira (22), às 19h30, no
Miniauditório do Teatro Guaíra.
Biscaia é formado em artes cênicas pela
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e tem mestrado em artes
pela Royal Holloway University de Londres. Em 1997 ele criou a produtora de
teatro e cinema Vigor Mortis, inspirada no teatro francês Grand Guignol, com
temas ligados ao horror e violência gráfica.
Paulo Biscaia também é professor no
curso de Teatro da Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e se dedica ao cinema.
Dirigiu a versão de uma de suas peças mais conhecidas, justamente Morgue Story,
de 2009. Ele também dirigiu “Nevermore – Três Pesadelos e um Delírio de Edgar
Allan Poe”, em 2011, e “Nervo Craniano Zero”, em 2012.
“Nervo
Craniano Zero” foi apresentado no prestigiado Spooky Movie International Horror
Film Festival, de Washington, e recebeu os prêmios de melhor diretor no New
Orleans Horror Film Festival e de melhores efeitos no Thriller Chiller de Grand
Rapids, em Michigan (EUA), além dos prêmios de melhor filme no Montevidéu
Fantástico (Uruguai) e melhor filme estrangeiro no Another Hole in the Head
(San Francisco – EUA).
Exibido em mais de 30 festivais
internacionais, Morgue Story recebeu oito prêmios, incluindo o de melhor atriz
para Mariana Zanette, no Buenos Aires Rojo Sangre, e de melhor filme de horror
no festival independente de Illinois (EUA). Também foi escolhido o melhor filme
de horror no Swansea Bay Film Festival e no Heart of England Film Festival,
ambos na Inglaterra.
PRÓXIMAS LEITURAS – O ciclo de leituras
dramáticas acontece uma vez por mês, sempre com foco em obras de autores
paranaenses, com direção de diretores premiados no Gralha Azul nos últimos dez
anos. Até agora foram apresentados trabalhos de Eddy Franciosi, Manoel Carlos
Karam, Edson Bueno e de Glauco Flores de Sá Brito, que dá nome ao
Miniauditório. Logo depois da leitura são gravados depoimentos dos
participantes do evento para integrar a memória do teatro paranaense.
As próximas leituras serão em 19 de
agosto, texto de Mario Bortoloto com direção de Maurício Vogue; em 16 de
setembro, o texto “Foz”, de Raul Cruz, com direção de Letícia Guimarães. Para
14 outubro está agendado um texto a ser definido pelo diretor Márcio Abreu;
para 8 de novembro está prevista leitura de “Trecentina”, de Enéas Lour, com
direção de Ana Rosa Tezza; e para 9 de dezembro, texto de Laerte Ortega a ser
escolhido pelo diretor Roberto Inocente.
A entrada no Auditório Glauco Flores de
Sá Brito é gratuita em todos os eventos do ciclo, realizados sempre às 19h30.
Alunos de teatro que comparecerem a 75% das leituras receberão certificado de
Extensão Universitária emitido pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP).
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