O
programa éCultura passa a ter um novo quadro quinzenal a partir desta
sexta-feira (18). “Formas de Beleza” tem produção e curadoria de Adilson Fabris
e locução de Rogéria Holtz. O programa foca nas artes plásticas e o primeiro é
dedicado ao pintor gaúcho Iberê Camargo, com comentários do mestre em História
da Arte pela Embap, Fabrício Vaz Nunes. O éCultura vai ar de segunda a sexta,
às 19h30, na TV éParaná.
O
artista - Neste ano celebra-se o centenário de nascimento do artista,
considerado o maior pintor do Brasil. O início da carreira, no decorrer dos
anos 40, é marcado pela pintura de paisagens, fase figurativista que se destaca
pelo uso da cor, que é pastosa, obtida pela superposição de tintas, num
processo de busca pelo tom exato.
No
final da década de 50, ao abdicar gradativamente da representação das formas e
cores naturais, um pequeno objeto, usado por Iberê Camargo como brinquedo na
infância, começa a tomar conta das telas: os carretéis. O processo de pintar os
carretéis não consistia, obviamente, em retratá-los no espaço e sim
transfigurar o próprio espaço em carretel.
Depois
de ser absolvido do assassinato de um homem, no início dos anos 80, Camargo
passa a centrar o trabalho na figura humana, retratada de maneira esquálida e
trágica, numa atmosfera de infinita solidão e desesperança. Esta estética
alcança seu auge na série As Idiotas, uma das fases mais conhecidas do artista.
Solidão
foi o último quadro pintado por Iberê Camargo, quando estava debilitado pelo
câncer que iria matá-lo. Nele, o azul funde os corpos, que são
desmaterializados no ar e no céu. Não há mais concretude e o fundo da pintura
invade os corpos, que se assemelham a fantasmas.
Ele
defendia que a forma é sempre proporcional à obsessão com que é tratada, e esta
obsessão o fazia pintar 14 horas por dia.
Programa
Sem Censura recebe o ator Ary Fontoura
O
Sem Censura desta sexta-feira (18) terá a presença do ator Ary Fontoura, que
comemora 60 anos de carreira e está em cartaz, no Rio de Janeiro, com a peça O
Comediante. O programa vai ao ar às 16h na TV éParaná.
Fontoura
sempre gostou do palco. Quando criança brincava de imitar os outros e
transformar as situações em cenas teatrais. Na década de 60, durante o golpe
militar, o paranaense foi para o Rio de Janeiro, com a esperança de atuar nos
grandes palcos da cidade.
Ary
Fontoura é o criador de personagens como o Dr. Lutero, de “Amor a Vida”, e o
professor Aristóbolo Camargo, de “Saramandaia”. Outros personagens marcantes
foram Nonô Correia, de “Amor com Amor se Paga”; o prefeito “Seo Flô”, de “Roque
Santeiro”; e o deputado corrupto, Pitágoras , de “A Indomada”.
O
artista tem 81 anos e 46 novelas no currículo. Atualmente ele está na peça “O Comediante”,
do dramaturgo Joseph Meyer, dirigida por Anderson Cunha, no Rio de Janeiro.
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