quinta-feira, 18 de junho de 2015

Obras-primas do Museu de Arte Fuji de Tóquio chegam ao Museu Oscar Niemeyer

O Museu Oscar Niemeyer (MON) apresenta, a partir dia 20 de junho (sábado), às 10 horas, na sala 10, a exposição “Ukiyo-e, obras primas de Hokusai e Hiroshige – Coleção Museu de Arte Fuji de Tóquio”, com 70 obras japonesas que revelam paisagens, flagrantes do cotidiano, ima­gens de guerreiros, gueixas e atores teatrais. A mostra permanece no espaço até dia 02 de agosto de 2015 e faz parte dos eventos comemorativos aos 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação assinado entre Brasil e Japão no dia 5 de novembro de 1895.
Numa tradução literal, ukiyo-e significa "retratos do mundo flutuante". São imagens do cotidiano registradas em papel pela técnica da xilogravura desenvolvida durante o período Edo (1603-1868) no Japão, mais especificamente nos centros urbanos de Edo (atual Tóquio), Osaka e Kyoto. Ao retratarem lutadores de sumô, gueixas, atores e paisagens, seus autores procuravam eternizar na pintura aquele fugaz momento. Este estilo foi amplamente difundido nos séculos 18 e 19 e influenciou fortemente importantes movimentos, como o cubismo, impressionismo e pós-impressionismo. Vincent Van Gogh, Claude Monet e Edgar Degas foram alguns dos que buscaram inspiração no Ukiyo-e.
Para a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika a escolha do museu para receber esta mostra, vinda diretamente do Japão, “reafirma o posicionamento do Museu Oscar Niemeyer como um espaço de qualidade reconhecido mundialmente, além de proporcionar ao público a oportunidade de conhecer obras que raramente chegam ao Brasil”, diz.
De acordo com o Museu de Arte Fuji de Tóquio a mostra reúne para apreciação do público uma seleção representativa de ukiyo-e, “com destaque para os quadros de paisagens dos artistas Hokusai e Hiroshige, as obras musha-e (imagens de guerreiros) de Utagawa Kuniyoshi, as pinturas bijinga de Kitagawa Utamaro e os quadros yakusha-e oriundos de Edo e Osaka”.
Na mostra há uma seleção de obras marcantes, consideradas imortais, como Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji, a série mais famosa e que deu reconhecimento internacional a Hokusai ao mostrar o Monte Fuji visto em diferentes estações do ano, locais e condições do tempo.
A exposição tem realização do Museu de Arte Fuji de Tóquio e coordenação geral da Art Unlimited.

Artistas - Katsushika Hokusai fez excelente uso da perspectiva trazida do Ocidente e de corantes químicos que produziam lindas cores, pintou a série “Trinta e seis vistas do Monte Fuji” (foto) tendo como tema a montanha que é um dos símbolos do Japão. Já Utagawa Hiroshige, influenciado por Hokusai, criou “Tokaido Gojusan-tsugi” mostrando as 53 estações do caminho Tokaido, que pode ser descrito como o cenário por excelência do imaginário japonês. Além de gravuras destes dois nomes, há obras de outros artistas, como Utagawa Toyokuni, Utagawa Kunisada, Kitagawa Utamaro, Shunbaisai Hokuei, Utagawa Kuniyoshi, entre outros. Todas pertencem ao acervo do Museu de Arte Fuji de Tóquio.

Tratado de Amizade, Comércio e Navegação - Brasil e Japão - Esta exposição celebra os 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação assinado entre Brasil e Japão no dia 5 de novembro de 1895. Os fortes vínculos que hoje unem os dois países são evidentes em vários aspectos – cultural, comercial e científico, por exemplo.
No Brasil, o interesse pelo estabelecimento das relações diplomáticas com o Japão foi impulsionado pela questão imigratória. Os fazendeiros de café se sentiram inseguros quanto à mão de obra para a lavoura, após a libertação dos escravos em 1888, e passaram a buscar imigrantes estrangeiros. O Japão, por sua vez, precisava aliviar a tensão social relacionada ao seu alto índice demográfico, mas não concordaria em enviar emigrantes aos países com que não mantivesse relações diplomáticas baseadas na reciprocidade.
O Tratado de Amizade, Comércio e Navegação marcou o início das relações que se desenvolvem e enriquecem até hoje entre os dois países. E os primeiros imigrantes chegaram ao Brasil 13 anos depois, em 1908.

Mais informações: 3350-4400 ou www.museuoscarniemeyer.org.br.

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