quinta-feira, 10 de abril de 2014

Rei Lear, de Shakespeare, ganha nova adaptação

“Lear” é uma peça sobre a velhice e a corrupção moral. Sobre vícios e virtudes. Sobre o arrependimento. Trata-se de uma adaptação, de autoria de Andy Gercker, da tragédia shakespeariana Rei Lear.  Em cena o rei e suas três filhas. Para essa montagem, foi acrescentada algumas reflexões do ensaio “Sobre a Brevidade da Vida”, do filósofo estoico Sêneca.
A direção de Paulo Vinícius buscou o desenvolvimento de um discurso visual próprio, valorizando a criação de imagens e as palavras do texto, em busca de uma comunicação sensível com o espectador.
Neste sentido, a iluminação, por exemplo, é um elemento de extrema importância na dramaturgia visual da peça. Ao lado da cenografia, do figurino e da sonoplastia, a luz torna-se um dos principais signos da encenação, que ora dita o ritmo da cena e ora se impõe como elemento dramatúrgico não verbal. O desenho de luz é assinado por Wagner Corrêa.
No elenco estão Fabiano Amorim (Lear), Lubieska Berg (Goneril), Liz Santos (Regana) e Valesca Moura Jorge (Cordélia). Os atores receberam preparação corporal de Monica Infante e preparação vocal de Márcia Kaiser.
A trilha original de Lear, foi composta por Junior Pereira e traduz uma ambientação sonora específica, que ao lado do figurino de Paulo Vinícius ambientam o tempo histórico em que a tragédia aconteceu.

História - “Lear” é, essencialmente, um drama familiar no qual a personagem-título é a figura central e o herói trágico por excelência. Lear, rei da Bretanha, decide dividir o reino entre suas três filhas: Goneril, Regana e Cordélia.
Para calcular a partilha, pede às filhas que demonstrem a gratidão e o amor que sentem pelo pai. Apenas Cordélia, que se revolta contra o fingimento das demais irmãs, contraria as expectativas do rei e é expulsa do reino, entregue sem dote ao rei da França.
Lear desencadeará toda uma alteração na ordem natural, provocando a mudança da fortuna da felicidade para a infelicidade – a Inglaterra cai em mãos inescrupulosas e ele mesmo, antes rei, vê-se lançado à própria sorte e é rechaçado pelas filhas a quem dera o trono. Lear, Goneril e Regana se reencontram rompendo definitivamente. Falsas e maquiavélicas, as irmãs Goneril e Regana, se desentendem com o pai revelando a falsidade e ganância com que eram movidas.
Lear se arrepende e volta sua fúria contra Goneril que se une a Regana contra o pai Expulso, o velho rei enlouquece e se refugia em uma cabana. Lear é encontrado doente e insano por Cordélia, a filha expulsa, que se casará com o herdeiro do trono francês e volta para a Inglaterra para defender o pai, e a sua própria morte.

“Lear” será encenada no SESI Portão (Rua Padre Leonardo Nunes, 180, Portão), de quinta (10) a domingo (13), às 20h. Os ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia).

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